Balsa afunda totalmente e aumenta angústia de parentes de vítimas

Autoridades avaliam em 302 o número de mortos ou desaparecidos.

Os parentes dos mais de 270 desaparecidos do naufrágio da embarcação sul-coreana "Sewol" protagonizaram neste sábado (19) cenas de angústia e desconsolo após observar como o último fragmento do casco que estava visível afundou. Eles, que estavam reunidos em um ginásio da cidade litorânea de Jindo, sudoeste do país, esgotaram assim parte de suas esperanças que ainda se encontrem sobreviventes mais de 72 horas após a balsa naufragar.

As autoridades avaliam em 302 o número de mortos ou desaparecidos enquanto foram recuperados um total de 29 corpos. Além disso, sobreviveram até o momento 174 pessoas das mais de 470 que estavam a bordo.

As telas do ginásio, assim como as de praticamente todos os lares de um país em expectativa desde o acidente da quarta-feira, mostraram o afundamento total da embarcação, que se encontra tombada 180 graus e apoiada sobre o leito marinho a cerca de 30 metros de profundidade. Este novo revés, unido a que os mergulhadores não conseguiram penetrar no "Sewol" para realizar uma busca exaustiva, torna quase impossível que possam ser encontrados sobreviventes na embarcação.

De acordo com a agência Efe, as autoridades começaram a solicitar aos parentes que se submetam à extração de amostras de DNA para identificar os mortos, segundo informou a emissora 'Arirang TV'. O pedido caiu mal entre alguns dos familiares, que se negaram ao considerar que não é de utilidade para salvar seus entes queridos.

Quase todos eles ainda mantêm esperanças e, em frente às câmeras de televisão, pedem maiores esforços no resgate ao considerar que talvez seus filhos, irmãos ou netos ainda estejam respirando em uma bolsa de ar formada dentro da nave. Vários monges budistas, por sua vez, se reuniram para orar pelos desaparecidos no porto de Jindo, onde está a base dos serviços de resgate.

Da EFE