Manifestantes dizem que ficarão nas ruas até Maduro renunciar.
Um líder da oposição venezuelana procurado pela polícia por ligação com protestos de rua disse a apoiadores no Twitter para continuarem se manifestando, embora pacificamente, e a polícia armada visitou a casa de seu pai, aparentemente tentando prendê-lo.
Autoridades acusam Leopoldo López de assassinato e terrorismo em conexão com a violência em torno de quatro dias de protestos esporádicos contra o governo, que deixaram três mortos e os lados opostos culpando um ao outro pelo derramamento de sangue.
Os manifestantes prometeram permanecer nas ruas até que o presidente Nicolas Maduro renuncie, embora não há nenhum sinal de que isso vá acontecer.
O presidente disse que não vai deixar que os manifestantes causem o caos bloqueando estradas. Tropas dispararam gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar cerca de mil manifestantes que acenderam fogueiras com lixo e atiraram pedras em uma parte rica do leste de Caracas.
Cerca de 2 mil pessoas se reuniram pacificamente na mesma área, neste domingo (16), muitos usando bonés de beisebol com as cores da bandeira venezuelana, cantando, soprando apitos, e ouvindo discursos.
"Para o país e os estudantes, que eu sempre admirei e apoiei, a batalha está nas ruas, mas sem violência", disse López no Twitter na noite de sábado (15).
Enquanto isso, a polícia foi visitar a sua casa e a casa de seu pai, buscando o líder da oposição.
O comportamento dos policiais foi "muito civilizado", disse o irmão mais velho de López a um jornal local, e quando descobriram que ele não estava lá, eles partiram.
"Maduro, você é um covarde", disse o irmão mais jovem de López mais tarde no Twitter. "Você não vai fazer com que eu ou a minha família nos curvemos a você. Para minha família: força. Amo vocês."
López tinha a esperança de concorrer contra Hugo Chávez na eleição presidencial de 2012, mas saiu da corrida depois das primárias da oposição para apoiar a candidatura do governador estadual Henrique Capriles, que não foi bom sucedida.
Da Reuters
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