Jogadores do Santos dão adeus a Coutinho em velório; Pelé envia flores
Coutinho recebe homenagens, sepultamento será em Santos
Jogadores do Santos dão adeus a Coutinho em velório; Pelé não comparece e envia flores Ídolos eternos, a exceção do Rei, também compareceram ao local, e Victor Ferraz fala de legado; sepultamento será às 18h, na Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos Por Caíque Stiva* e Gabriel dos Santos — Santos, SP [caption id="attachment_152461" align="alignleft" width="300"] Victor Ferraz no velório de Coutinho nesta terça-feira — Foto: Caíque Stiva[/caption] Victor Ferraz e Jean Mota, jogadores do Santos, compareceram ao velório de Coutinho, ídolo eterno do Peixe, morto na última segunda-feira, aos 75 anos. O Rei Pelé enviou uma coroa de flores ao amigo e ex-companheiro, mas não foi à velação. A dupla foi ao Salão de Mármore, na Vila Belmiro, logo após a reapresentação do elenco santista no CT Rei Pelé – o treino teve os portões fechados à imprensa em razão da morte de Coutinho. O capitão e o artilheiro do Santos na temporada lamentaram o falecimento do ex-atacante. – É um momento triste, não só para o Santos, mas para o futebol brasileiro. Pegou a todos de surpresa. Mesmo não trabalhando, era presente em alguns momentos com a gente. Tive algumas oportunidades de estar junto em eventos do grupo, jantar, churrasco e convidávamos essa geração. Ia, contava histórias e falava como era diferente o futebol. Se hoje jogamos num clube desse tamanho, com camisa tão pesada, é por causa dele e daquela geração. Foi um grande exemplo para nós – disse Victor Ferraz. [caption id="attachment_152462" align="alignright" width="300"] Jean Mota compareceu ao velório de Coutinho — Foto: Caíque Stiva[/caption] – Ele vai ficar eternizado. Uma perda muito grande. Difícil falar nesse momento. É um ídolo para a gente, vim prestar um apoio para a família. Não pude acompanhá-lo em campo, mas vi vídeos e todos falam da dupla Coutinho e Pelé. Ficará eternizada para sempre – emendou Jean Mota. O velório está sendo realizado desde as primeiras horas desta terça-feira no Salão de Mármore da Vila Belmiro. O sepultamento está marcado para 18h, no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica. O Santos decretou luto de três dias. Ídolos eternos se despedem de Coutinho Mengálvio e Dorval compareceram ao velório de Coutinho ainda nas primeiras horas da madrugada. Durante o dia, Edu, Pepe, Lima, Clodoaldo, João Paulo e Manoel Maria também se despediram do ex-centroavante. – História maravilhosa. A garotada que não o viu tem o Youtube para ver a história fantástica do nosso amigo que infelizmente nos deixou. Foi um professor na pequena área, dominava aquilo aqui como ninguém. Gols que a bola nem chegava ao fundo da rede. Não sabia bater forte, tinha categoria incrível. Ele foi perfeito, um grande professor – disse Edu. [caption id="attachment_152463" align="alignleft" width="300"] Pepe foi um dos maiores de Coutinho em campo — Foto: Caíque Stiva[/caption] – A gente perde um amigo de todas as horas. Nossa amizade continuou depois de paramos de jogar. Santos está de luto, perdeu um jogador extraordinário e uma figura humana incrível. Estamos muito triste, fez parte do nosso grande ataque, que me orgulho e eu era o único cara pálida de uma crioulada fantástica – afirmou Pepe. – Coutinho foi o maior camisa 9 de todos os tempos. Acho difícil alguém tomar o lugar dele. Vai ter de fazer muita coisa – reiterou Lima. – Profundamente triste. Ele já estava doente, mas era como se fosse da família. Não consegui dormir. Ele é Dorval eram muito ligados, fiquei muito preocupado com o Dorval por isso. Momento muito triste. O Coutinho era uma pessoa que vivia de bom humor. Você não podia vacilar, que ele sempre fazia uma piada. Dentro de campo foi um mestre dentro da área – falou Manoel Maria. – Uma perda muito grande, tive o privilégio de conhecê-lo, foi meu treinador. Não tive a honra de jogar junto, uma pessoa maravilhosa. Visitei semana passada, fiquei triste com a situação e o pior aconteceu. Vi que a situação não estava legal e pedi até para o pessoal aproveitar para ir visitá-lo. Estamos fazendo essa homenagem e mais uma vez falando que queria ter jogado. A vida é assim mesmo e vamos levar – concluiu o ex-atacante João Paulo, que se destacou no Santos entre o fim da década de 70 e os anos 80. Trajetória de Coutinho Antônio Wilson Honório, o Coutinho, nasceu em Piracicaba em 11 de junho de 1943. Ele estreou no Santos em 1958, quando tinha apenas 14 anos. Defendeu o time até 1967 e depois entre 1969 e 1970. É o terceiro maior artilheiro da história do Santos, com 368 gols em 457 jogos, atrás de Pepe, com 403 gols, e Pelé, com 1.091 gols. No Santos, Coutinho formou o lendário ataque com Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Foi campeão paulista em 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967, venceu cinco vezes a Taça Brasil, de 1961 a 1965, depois reconhecida como Brasileiro, além das Libertadores e dos Mundiais de Clubes de 1962 e 1963. Ele também defendeu Vitória, Bangu e Atlas, do México, e se aposentou em 1973 no Saad. Coutinho morreu na última segunda-feira, na casa da filha, com quem morava há cerca de quatro meses. Segundo o médico Milton Mattozinho, a causa foi um infarto agudo do miocárdio em decorrência de diabetes e hipertensão arterial sistêmica. Coutinho morreu na última segunda-feira, em Santos — Foto: Foto: Santos FC. *Colaborou sob supervisão de Leonardo Lourenço.
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