Clubes são multados com punições brandas por atitudes de racismo
Na última segunda-feira (24), dois clubes foram multados por atos de racismo.
Devido a insultos ao jogador Tinga, do Cruzeiro, o Real Garcilaso, do Peru, recebeu uma punição de 12 mil dólares (cerca de R$ 27,5 mil), após decisão do Tribunal Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). Durante jogo válido pela primeira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América 2014, torcedores do time peruano fizeram sons imitando macaco, cada vez que o atleta pegava na bola.
Outro time que foi multado foi o Mogi Mirim, que terá de pagar multa de R$ 50 mil, por causa de insultos ao volante Arouca, do Santos, que foi xingado de macaco por um grupo de torcedores presentes no Estádio Romildo Vítor Gomes Ferreira no dia 6 de março, em partida válida pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, vencida pelo Peixe por 5 a 2. O julgamento foi realizado no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), na sede da Federação Paulista de Futebol.
No caso de Arouca, o Mogi Mirim foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em prática de ato discriminatório relacionado a preconceito de origem étnica. O clube foi punido por unanimidade e além da multa, ficará com o seu estádio interdidado.
Real Garcilaso terá punição mais severa apenas em caso de reincidência no racismo
Na questão do Real Garcilaso, a punição foi ainda mais branda, entretanto, em caso de reincidência, o time terá que atuar com os portões fechados nas próximas partidas válidas pela Taça Libertadores da América. Após o incidente no Estádio Huancayo, em Cuzco, Tinga chegou a se encontrar com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para conversar sobre o racismo. Além disso, o atleta chegou a ser homenageado antes do clássico com o rival Atlético-MG, na Arena Independência.
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