Vôlei: CBV promete contratar auditoria após novas denúncias de irregularidades
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) emitiu uma noite comprometendo-se a contratar uma auditoria externa para avaliar seus contratos depois de novas denúncias de irregularidades. Segundo a ESPN Brasil, empresas de dois ex-dirigentes da entidade recebiam R$ 10 milhões cada em comissões por um contrato de patrocínio assinado diretamente com o Banco do Brasil.
É a segunda denúncia feita pela emissora de televisão fechada sobre o caso. No fim de fevereiro, a ESPN Brasil revelou que Marcos Pina, ex-superintendente da CBV, recebia R$ 10 milhões através da empresa SMP. O dirigente renunciou ao cargo e foi substituído por Neuri Barbieri.
Desta vez, a reportagem afirma que Fábio André Dias Azevedo recebeu R$ 10 milhões no caso através da S4G Gestão de Negócios, empresa criada apenas três dias antes da assinatura do contrato. O acusado é diretor-geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), presidida por Ary Graça Filho, mandatário da entidade nacional à época dos acordos.
“Iremos realizar uma revisão completa de todos os contratos de terceirização de serviços para tomar as providências necessárias caso problemas sejam detectados”, diz o novo superintendente geral da CBV, Neuri Barbieri, na nota emitida. A auditoria que será contratada ainda não foi definida, mas a entidade garante que ela será de “de reputação reconhecida” e avaliará os “contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior”.
Veja a nota da CBV na íntegra:
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decidiu contratar auditoria externa, de reputação reconhecida, para avaliar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior. A auditoria, que complementará processo de revisão interna já iniciado pela instituição, irá incluir a apuração de denúncias publicadas pela imprensa sobre supostas irregularidades em alguns desses contratos.
O objetivo é ter um diagnóstico preciso do impacto desses contratos para a instituição. E, a partir dos resultados da auditoria, definir as medidas que serão adotadas. A escolha da empresa de auditoria deverá ser definida nos próximos dias.
A atual gestão da CBV informa ainda que todos os contratos mencionados nas denúncias tiveram seus pagamentos suspensos preventivamente ou já foram cancelados. Ressalta ainda que solicitou o pronto afastamento do ex-superintendente-geral, Marcos Pina.
Será realizada também uma avaliação jurídica dos referidos contratos.
"Iremos realizar uma revisão completa de todos os contratos de terceirização de serviços para tomar as providências necessárias caso problemas sejam detectados", explica o novo superintendente-geral da CBV, Neuri Barbieri.
A CBV reafirma seu compromisso com o voleibol e reforça que sua atuação é mundialmente reconhecida como exemplo de boa gestão esportiva. Em razão do trabalho profissional desenvolvido pela CBV, instituição fundada em 1954, o voleibol brasileiro é referência mundial. A CBV entende que a defesa do esporte está atrelada à adoção de atitudes transparentes e de rigor em relação à sua gestão.
Rio de Janeiro (RJ)
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