Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - Com 40 anos recém-completados, em seu segundo casamento e comemorando quase dez anos de "Pânico" na televisão, Wellington Muniz, conhecido como Ceará, contou detalhes sobre sua carreira e revelou que se o grupo de humoristas da Band o colocasse na "geladeira" ele abandonaria a atração.

"A TV é uma vitrine, acho que me deixar afastado do programa, me desmotivar, seria muito ruim. Eu sairia se me deixassem na geladeira. Se não acreditam em mim, como é que eu mesmo vou acreditar?", disse o comediante ao jornal "O Dia".

Wellington explicou que depois de anos de sucesso no rádio, a migração para a TV foi bastante complicada: "Em setembro, a gente já vai fazer dez anos de ‘Pânico’ na televisão. O ‘Pânico’ na TV era um sonho do Tutinha [dono da marca ‘Pânico’]. Ele foi com o projeto debaixo do braço apresentar para a RedeTV!. Começamos com pouca verba, não tinha salário e o tempo para dar certo na televisão era bem curto".

Na atração, Ceará ficou famoso por imitar Silvio Santos, mas, depois de anos no papel, foi proibido pelo apresentador de continuar com o personagem.

"Toda imitação que eu faço é uma forma de homenagem, até porque faço laboratório, estudo trejeitos, leio sobre a vida da pessoa… Não entendi a proibição, mas não fiquei chateado. Humor não é feito para agradar. É bacana quando a pessoa aprova, é bacana quando o público aprova. Se o imitado não gosta, não chego a ficar incomodado, não. Continuo imitando enquanto tiver autorização da pessoa."

Apesar de declarar sua lealdade à turma do "Pânico", o humorista contou que, além da "geladeira", o que provavelmente o faria sair da atração seria a oportunidade de ter um programa só seu.

"Tenho 40 anos, acho que não dá para trocar o certo pelo duvidoso, tenho meu contrato e vou honrá-lo. Mas gostaria de ter um programa de auditório, no estilo do Luciano Huck, do Faustão ou do Rodrigo Faro. Tive oportunidades, mas achei que não era o momento", explicou.