Petrobras recorrerá ao Supremo de decisão do TST na qual perdeu causa de R$ 15 bi

Petrobras está corroída pelo escândalo

[caption id="attachment_146445" align="alignleft" width="300"] Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)[/caption] Petrobras recorrerá ao Supremo de decisão do TST na qual perdeu causa de R$ 15 bi Por João Borges A Petrobras decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) na qual perdeu a batalha trabalhista de R$15 bilhões. A estatal teme que a derrota no TST atrapalhe não só os negócios e investimentos, mas todo o setor de petróleo. O dano causado à companhia pode ir muito além do impacto financeiro direto. Uma ação trabalhista movida pelos funcionários afeta de forma geral a percepção de risco aos negócios que envolvem a estatal. Para restaurar a saúde financeira da empresa (corroída pelo escândalo descoberto na Lava Jato, investimentos mal planejados e controle artificial do preço dos combustíveis), a Petrobras tem desenvolvido uma estratégia em várias frentes. Adotou, por exemplo, a política de preços de mercado, recentemente abalada com a greve dos caminhoneiros contra a alta do preço do diesel. A empresa também reduziu o plano de investimentos, concentrando os recursos disponíveis nas áreas de exploração e produção de petróleo, mais rentáveis. Em outra frente, a Petrobras leva adiante o plano de desinvestimento, que consiste em vender ativos para fazer caixa e reduzir o endividamento. Efeitos da decisão do TST A derrota na ação trabalhista pode levar a uma perda de valor dos ativos que a Petrobras ainda pretende vender. "O Brasil está sendo observado, tem um potencial enorme de investimento, mas uma decisão destas assusta quem está pensando em investir aqui", afirma uma autoridade da área que acompanha com muita preocupação o impacto da decisão do TST. O Brasil, com as reservas do pré-sal, passou a ser o foco de interesse principal para investimento das grandes empresas petrolíferas. As estimativas são de que os investimentos nos próximos anos têm potencial para gerar 500 mil empregos no setor. Interlocutores desses investidores que têm vindo ao Brasil contam que eles perguntam sobre duas coisas: o que esperar da eleição presidencial e como está o ambiente de negócios no Brasil. O cenário eleitoral é de incerteza sobre que política devem prevalecer a partir de 2019. E a decisão do TST é uma péssima amostra sobre o do ambiente de negócios no país.