Brasil registra entrada de US$ 1 bilhão no início de abril, diz BC

Em igual período de 2013, pais registrava saída de US$ 4,72 bilhões.

Em igual período do ano passado, US$ 4,72 bilhões haviam saído do país. Houve, portanto, uma reversão de US$ 5,7 bilhões

A entrada de dólares superou a retirada de moeda estrangeira no país em US$ 1 bilhão na parcial do mês de abril, até a última sexta-feira (11), informou o Banco Central nesta quarta-feira (16). Em março, US$ 2,3 bilhões já haviam ingressado na economia brasileira - no maior ingresso desde novembro do ano passado.

Com a entrada de recursos no Brasil, o movimento do acumulado de 2014 até 11 de abril registrou ingresso de US$ 3,05 bilhões. Em igual período do ano passado, US$ 4,72 bilhões haviam saído do país. Houve, portanto, uma reversão de US$ 5,7 bilhões.

Efeito na cotação do dólar
A entrada de recursos no país, registrada no começo de abril, favorece, em tese, a queda do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia a ficar menor. Na parcial deste mês, de fato, a moeda registrou desvalorização. No fechamento de março, o dólar estava cotado em R$ 2,26. Nesta quarta-feira, por volta das 13h, estava cotado em R$ 2,23.

Outros fatores que influenciam a cotação
A variação do dólar no Brasil também está relacionada, segundo economistas, com a decisão do Federal Reserve (BC dos Estados Unidos) de retirar gradualmente os estímulos da economia norte-americana e com a perspectiva de uma acomodação do crescimento em um patamar menor do que o registrado nos últimos anos na China.

Os analistas avaliam, porém, que a cotação do dólar registrada neste ano também tem relação com a piora das contas externas e das contas públicas. Uma eventual valorização do dólar pode preocupar o BC, uma vez que tende a contaminar a inflação por meio do encarecimento de importados.

Além disso, outro fator que também tem impacto na cotação da moeda norte-americana são os leilões de contratos de "swap cambial" pelo Banco Central – instrumentos que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro, com impacto no preço do dólar no mercado à vista.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília