Com carga retida em RO, empresário estima prejuízo de R$ 80 mil no AC
Caminhoneiros não conseguem passar por BR inundada.
Dono de uma distribuidora de baterias e peças de automóveis, o empresário Valter Veber conta que a cheia do Rio Madeira, em Rondônia, tem impossibilitado a sua carga de baterias automobilísticas de chegar em Rio Branco pela BR-364. Com a carga parada em Jacy-Paraná (RO) desde o dia 18, as contas continuam chegando e, de acordo com ele, os prejuízos já ultrapassam os R$ 80 mil.
"Parte do prejuízo está em mais de R$20 mil, só com a falta de mercadoria. Porque hoje estamos sem bateria para poder revender", lamenta.
De acordo com o empresário, o prejuízo pode ser maior se considerar o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) cobrado pelo governo estadual e federal. "Com mais de 30 dias parados eu não consigo manter em dia os meus negócios com fornecedor e imposto. Os valores dos impostos estão em torno de R$20 mil para o Governo Federal e mais ou menos R$15 mil para o Estadual, que seria o recolhimento de ICMS", explica.
Impedido de seguir viagem para Rio Branco, o caminhoneiro que traria a carga para a capital teve que parar em Jacy-Paraná (RO) e depois voltou para Vilhena (RO), onde fica localizada a fábrica das baterias.
"O caminhoneiro me disse que voltaria para Vilhena com o caminhão vazio e eu poderia pagar o frete da mercadoria para Rio Branco quando a água baixar. Ele teve que voltar, porque não podia ficar esperando", diz.
Com o Rio Madeira subindo, o prejuízo deve aumentar nos próximos dias. O empresário diz que irá esperar o rio baixar e a BR-364 ser liberada para solicitar o envio da carga. Por enquanto, Valter explica que negociará com a indústria um prazo maior para o pagamento da carga retida em Rondônia e da próxima carga que chegará dia 18 em Jacy-Paraná. Sobre os impostos, o empresário não sabe o que pode ser feito.
"A gente não procurou ainda como fazer esse processo porque estamos aguardando o rio baixar. Ele baixando, vamos pegar essa mercadoria e já começar a vender e faturar. Depois vamos tentar fazer um acerto com o governo e pagar multa", conta.
Amanda BorgesDo G1 AC
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