Ceará tem mais de 8 mil casos de chikungunya, 4,7 mil em Fortaleza

Além de febre chikungunya, também quase 5 mil casos de dengue

[caption id="attachment_135854" align="alignleft" width="300"]-07 Ceará tem mais de 8 mil casos de chikungunya, 4,7 mil em Fortaleza Agente de controle a endemias confere umidade em pratos durante 2º Mutirão de Combate ao Aedes aegypti (Foto: Cláudio Oliveira)[/caption] Doença ocasionou uma morte neste ano. Já a dengue, causada pelo mesmo mosquito, ocasionou três óbitos. Por G1 CE O Ceará já tem mais de 8 mil casos confirmados de febre chikungunya neste ano, além de 4.988 casos de dengue, segundo boletim divulgado semanalmente pela Secretaria da Saúde do Ceará. De acordo com o boletim, a dengue ocasionou três óbitos no estado neste ano, e a chikungunya, uma morte. Fortaleza concentra mais da metade dos casos de febre chikungunya no Ceará, com 4.709 casos confirmados da doença neste ano, de acordo com a Secretaria da Saúde. Como as pessoas pegam o vírus? Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades. Quais são os sintomas? Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares. Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é importante observar que o chikungunya é "muito menos severo que a dengue, em termos de produzir casos graves e hospitalização". Tem tratamento? Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides. Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo. Como se prevenir? Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus. Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado. Fonte:g1.globo.com/ceara

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