Choró dispõe de açudes seco e poluído
Choró seca, comunidade sem água
O Açude do Veríssimo é particular e secou. Como a comunidade daquela zona rural não tem outra fonte de abastecimento, obriga-se a comprar de outros fornecedores [caption id="attachment_131208" align="alignleft" width="300"] Açude secou, comunidade há 7 meses sofre com o desabastecimento - Regional - José Avelino [/caption] Choró. Neste Município do Sertão Central, distante cerca de 180Km da Capital, a comunidade de Veríssimo tem cerca de 50 famílias que não encontram água nas torneiras. De acordo com o agricultor Marquezo Gonçalves Barros, 68, há sete meses a comunidade, localizada há 13 quilômetros da sede, enfrenta problemas no abastecimento. "É uma época muito difícil. Se tivesse água era tudo melhor, mas a gente sofre muito nessa localidade aqui", conta Marquezo. Um pequeno açude que havia na localidade está seco. O pouco que ainda resta quase não dá para usar com os bichos. A água é fétida e turva. Quem pode, recorre a pipas d'água que são vendidas por valores que variam até R$ 200, mas comprar água é regalia para quem vive da agricultura no Interior e teve as lavouras exterminadas pela seca. "Eu dependo do meu vizinho. O bicho que eu criava tive que vender porque não tinha mais água pra ele tomar", fala Paulo Sérgio Sousa, 36. Deslocamento A ajuda, às vezes, vem de longe. Maria das Dores Bernardo, 76, monta no lombo de um jumento e conta que faz um percurso de quase sete quilômetros, pelo menos seis vezes ao dia, para conseguir ter água em casa. "Para tomar banho a gente precisa ir buscar água. Nem queira saber a dificuldade que a gente vive nesse pedaço de chão, meu filho" argumenta. Em 2013 os cerca de 250 moradores do lugar ganharam uma adutora e uma estação de tratamento de água que foi entregue por meio do Projeto São José III, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), mas logo depois da conclusão da obra o Açude Pompeu Sobrinho chegou a um nível que inviabilizou o funcionamento da adutora. O baixo nível do açude Pompeu Sobrinho revelou outro problema: a poluição do reservatório fez com que a população reclame que a água que resta no reservatório ficasse imprópria para consumo. Uma ação imediata dos órgãos governamentais é a reivindicação daquela comunidade. Mais informações Cogerh Rua Adualdo Batista, 1550 Cambeba - Fortaleza Telefone: 3218-7020
Comentários