EM JUNHO Valor da cesta básica volta a cair na Capital
Após sucessivas altas, o custo da cesta básica em Fortaleza voltou a apresentar recuo no último mês de junho, conforme estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, o valor médio dos itens considerados fundamentais para a alimentação caiu 1,99% na Capital cearense, o que fez com que a cesta atingisse o valor de R$ 298,01 - R$ 6,05 a menos do que os R$ 304,06 registrados em maio. Entre as cidades nordestinas, aliás, Fortaleza foi a única que não apresentou avanço no preço desses produtos.
Entre as cidades brasileiras analisadas pelo Dieese, o custo da cesta de Fortaleza foi também o sexto mais barato do País, apesar de ficar à frente do valor registrado em outras capitais do Nordeste, tais como Aracaju (R$ 247,64), Salvador R$ (278,97), João Pessoa R$ (281,70) e Natal R$ (292,49). No acumulado do seis primeiros meses deste ano, a cesta da Capital cearense, porém, acumula alta de 8,97%.
Itens que impactaram
Entre os alimentos que compõem a cesta básica de Fortaleza, a farinha foi quem mais impactou no recuo do valor médio da mesma, já que ficou 11,14% mais barata em junho. A banana foi outro item que ficou mais em conta para os consumidores da Capital, tendo em vista que registrou queda de 6,02%. Tomate (-5,57%), feijão (-2,39%), óleo (-1,41%) e manteiga (-0,81) também passaram a pesar menos no bolso dos fortalezenses.
Alguns produtos, contudo, ficaram mais caros em Fortaleza, segundo o Dieese. O café, por exemplo, que faz parte da cesta básica, avançou 2,64% em junho, a exemplo do que também ocorreu com o arroz (2,07%), carne (0,60%) e pão (0,37%).
Queda em 10 cidades
Nacionalmente, o valor da cesta básica diminuiu em dez das 18 capitais analisadas pelo Dieese. Belo Horizonte registrou a maior queda no preço médio dos alimentos (7,33%), seguida por Campo Grande (4,55%), Porto Alegre (4%) e São Paulo (3,25%). Do outro lado, as maiores altas foram registradas em Manaus (6,08%), João Pessoa (3,43%), Aracaju(2,45%) e Recife (1,53%).
Ainda de acordo com as informações do Dieese, os recuos dos preços da cesta básica em junho foram puxados pelos preços de feijão, batata, óleo de soja, banana e tomate. Na contramão, carne, leite e arroz apresentaram aumento nos preços na maioria das capitais analisadas.
Mais elevada
Como de costume, São Paulo foi a capital com cesta básica mais cara em junho (R$ 354,63). Florianópolis aparece como a cidade com o segundo valor mais alto para a cesta, de R$ 353,76, seguida de Porto Alegre (R$ 351,36). Já os menores valores foram registrados em Aracaju, Salvador e João Pessoa.
Salário mínimo
De acordo com o Dieese, o salário mínimo deveria corresponder a R$ 2.979,25 em junho para suprir as necessidades básicas do trabalhador brasileiro e de sua família. A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no mês, a de São Paulo, e a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Pelas contas da instituição, portanto, o menor salário instituído por lei deveria ser 4,11 vezes maior do que o mínimo atualmente em vigor, de R$ 724.




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