Quixadá. O perigo nas rodovias do Ceará vem crescendo com o início das chuvas, mesmo irregulares e ainda abaixo da média histórica. A maior parte da sinalização vertical, tanto da malha viária estadual como da federal, está encoberta pelo mato. As placas mais importantes, principalmente para quem não conhece a região por onde está viajando, são as de ultrapassagem proibida e de curva sinuosa, sinalizando o perigo à frente.

Em pouco mais de 15 dias a vegetação cresceu à margem das CEs e BRs e está prejudicando e preocupando os condutores de automóveis, caminhões e motociclistas. Em muitos trechos não é mais possível trafegar de carroça e até mesmo caminhar pelo acostamento.

O motorista João Alberto Nunes trabalha há mais de 30 anos nas rodovias do Nordeste. Mora em Natal (RN) e realiza viagens mais frequentes para o Ceará, onde distribui cereais. A experiência lhe ensinou a não confiar somente nas sinalizações.

Apesar de respeitar a velocidade de 80Km, a maioria excede na velocidade, realiza ultrapassagem perigosa e quem segue em sentido contrário não tem como evitar os acidentes se não for para o acostamento.

Para o vendedor autônomo Augusto Ribeiro este período do ano é o mais perigoso para quem trafega pelas rodovias de motocicleta. Acostumado a viajar pelo Sertão Central aconselha os motociclistas a não viajarem à noite. "A maior parte das rodovias está bem conservada, mas estão começando a surgir buracos e apesar de poucas, as chuvas estão enchendo eles. De repente o piloto pode cair numa dessas armadilhas", alerta.

Na BR-166, no trecho correspondente ao Vale do Jaguaribe, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realiza a limpeza do acostamento, facilitando o trânsito e a visibilidade de placas de sinalização vertical pelos motoristas.

Limpeza

No Centro-Sul do Estado, nas duas últimas semanas o 9º Distrito Operacional do Departamento de Estadual de Rodovias (DER) iniciou o trabalho de roço do mato nas margens das estradas na região, mas ainda há muitos trechos em que a sinalização está encoberta pela vegetação ou mesmo destruída e arrancada. Nesse período do ano ressurgiram também buracos nas vias, entre Iguatu e Jucás, na CE 282 e entre Iguatu e Icó, na CE 284.

Sobre a situação das CEs, em março, o gerente de manutenção rodoviária do Departamento Estadual de Rodovia (DER), Paulo Bezerra, havia divulgado através do portal eletrônico do órgão a disponibilização dos cofres do Governo do Estado, da ordem de R$ 84 milhões para as ações de conserva e manutenção das rodovias. As intervenções ocorrem nos mais de sete mil quilômetros da malha viária pavimentada.

Quanto as rodovias federais, segundo o analista em Infraestrutura de Transportes do DNIT, engenheiro Marcos Nogueira Pinheiro, atualmente praticamente toda a malha viária do Ceará pertencente ao órgão está provida por Contratos de Restauração e Manutenção (Crema), com exceção do trecho entre o Km 421 ao Km 545 (Entrada de Ipaumirim à Divisa do Ceará com Pernambuco) e Km 84 ao KM 207,475 (Tauá a Boa Viagem). Ambos estão sendo licitados, em fase final, contemplado com novos contratos de manutenção rodoviária.

As equipes que realizam esta manutenção são dimensionadas na fase de projetos e variam de contrato para contrato, todavia neste período de chuvas a fiscalização do DNIT exerce uma pressão nas empresas contratadas, para intensificarem os trabalhos. Não há como precisar uma data para a conclusão dos trabalhos já que este tipo de tarefa tem características rotineiras.

Entretanto, segundo o órgão, o objetivo é solucionar os problemas o mais breve possível. As empresas são demandas a executar os serviços contratados de acordo com a ocorrência, tão logo a ocorrência se manifeste. Além de email, os usuários podem se comunicar com o DNIT pelo www.Dnit.Gov.Br e pela Ouvidoria: (085) 4012-9480. 

Alex Pimentel
Colaborador

Mais informações:
DER,AvenidaGodofredoMaciel,
3000,telefone:(85)3101.5704
SuperintendênciaRegionaldoDnit
BR-116,Km06, Fortaleza
Fortaleza: (85)4012.9452