MPF investiga denúncia de rede de exploração sexual indígena no AM
Órgão também investiga situação precária de presídio e saúde no local.
Entre os dias 5 e 7 deste mês, o procurador da República, Julio José Araújo Junior, se reuniu com diversas entidades da sociedade civil de São Gabriel da Cachoeira para tratar de assuntos referentes aos povos indígenas. O município, a 852km de Manaus, foi cenário de diversas denúncias relacionadas ao meio ambiente, problemas de saúde, à uma rede de exploração sexual de adolescentes indígenas e tráfico sexual.
Segundo o site do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM), o objetivo da visita do procurador foi verificar o andamento de procedimentos administrativos em tramitação no órgão, como é o caso da lixeira a céu aberto existente na comunidade Boa Esperança, em São Gabriel da Cachoeira, desde 2004.
Julio Araújo se reuniu com representantes da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) para discutir, principalmente, a invasão de terras indígenas por empresas de turismo e a relação do Exército com as comunidades. A fim de avaliar a situação da saúde no município, foram colhidos relatos de pacientes e da direção no Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira, além da realização de uma visita à Casa da Saúde Indígena (Casai).
As condições precárias do presídio da cidade e a falta de assistência jurídica aos presos, também chamaram a atenção do procurador. Outras situações irregulares foram verificadas como o abandono da Casa de Apoio Yanomami, que serve de abrigo para indígenas da etnia que vão a São Gabriel da Cachoeira.
Um inquérito civil público foi aberto para apurar as questões e todas as informações obtidas serão analisadas para definição das providências a serem adotadas no âmbito do MPF/AM.
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