Oscar 2025: 'Ainda estou aqui' faz história e 'Anora' é grande vencedor da noite
"O brutalista" conseguiu três prêmios no total. Entre eles, o de melhor ator.
'Ainda estou aqui' ganhou primeiro Oscar do Brasil, na categoria de melhor filme internacional. Veja lista completa de ganhadores.
Por Cesar Soto, g1 03/03/2025
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"Ainda estou aqui" fez história ao ganhar o primeiro Oscar® da história do Brasil, na categoria de melhor filme internacional, neste domingo (2).
Já na premiação geral, o grande vencedor foi "Anora", que venceu como melhor filme, melhor atriz (Mikey Madison) e em outras três categorias. Só seu diretor, Sean Baker, se tornou a primeira pessoa a ganhar quatro estatuetas pela mesma produção.
"O brutalista" conseguiu três prêmios no total. Entre eles, o de melhor ator, para Adrien Brody. "Emilia Pérez", "Wicked" e "Duna: Parte 2" levaram dois cada.
Walter Salles e Fernanda Torres se cumprimentam após anúncio de 'Ainda estou aqui' como melhor filme internacional do Oscar 2025 — Foto: Carlos Barria/Reuters
"Ainda estou aqui" ganhou o primeiro Oscar do Brasil. A produção original Globoplay venceu na categoria de melhor filme internacional e fez história.
"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir", afirmou o diretor Walter Salles em seu discurso de agradecimento.
"Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro."
O filme também estava indicado a melhor atriz, com Fernanda Torres, e melhor filme. Ambas as categorias ficaram com o grande vencedor da noite.
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Domínio de 'Anora' e de Sean Baker
"Anora" ganhou cinco prêmios no total. Com tamanho domínio, Sean Baker também fez história. O cineasta se tornou a primeira pessoa na história a ganhar quatro Oscars pelo mesmo filme.
Além da estatueta de melhor filme como produtor da história sobre a relação entre uma stripper e o herdeiro de um oligarca russo, o americano venceu como diretor, como montador e como roteirista (na categoria de roteiro original).
Fechando a conta, Mikey Madison superou o favoritismo de Demi Moore (e a torcida brasileira por Fernanda Torres) ao levar a estatueta de melhor atriz.
Sean Baker recebe Oscar de melhor roteiro original por 'Anora' — Foto: Carlos Barria/Reuters
O filme passou por altos e baixos na temporada. Após iniciar como favorito ao vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em maio de 2024, perdeu um pouco de fôlego com os meses e ao passar em branco no Globo de Ouro, em janeiro.
No entanto, chegou como favorito às principais categorias da edição ao ganhar prêmios importantes, como os dos sindicatos dos diretores e dos produtores de Hollywood.
Destaques da noite
A premiação começou com uma homenagem ao cinema e uma apresentação de Ariana Grande e Cynthia Erivo, estrelas de "Wicked", que cantaram sucessos do musical e do clássico "O mágico de Oz" (1939).
No monólogo de abertura, em sua primeira vez como apresentador da premiação da Academia, o comediante Conan O'Brien "saiu de dentro" da personagem de Demi Moore em "A substância" e fez piada com cada um dos dez indicados a melhor filme. "Ainda estou aqui", é claro, também foi alvo.
A entrega de prêmios começou uma das categorias mais previsíveis da noite. Kieran Culkin, de "A verdadeira dor", levou como ator coadjuvante. A de atriz coadjuvante, também confirmou o favoritismo de Zoë Saldaña, de "Emilia Pérez".
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O filme, aliás, era o mais indicado do ano, com 13 no total. No fim, levou apenas mais uma com "El mal" na canção original.
Entre as surpresas, "Flow" venceu como melhor animação e deu à Letônia o primeiro Oscar de sua história. O favorito na categoria era o americano "O robô selvagem". Já nos documentários, "No other land" superou "Porcelain war".
A festa ainda contou com um tributo (um tanto quanto inexplicável) à franquia James Bond (pouco depois da Amazon comprar o controle criativo da série) com participações de Margaret Qualley, Lisa (de Blackpink), Doja Cat e Raye.
Perto do final, o seguimento In Memoriam homenageou grandes nomes que morreram no último ano, como Gene Hackman, James Earl Jones, Shelley Duval e David Lynch, mas deixou de fora o diretor brasileiro Cacá Diegues.
https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2025/03/03/oscar-2025-ainda-estou-aqui-faz-historia-e-anora-e-grande-vencedor-da-noite.ghtml
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