Tiroteio entre policiais e empresário com atuação no Ceará deixa três mortos em SP
Três pessoas foram mortas em tiroteio no bairro Jardins, área nobre da cidade de São Paulo
Autor Flavia Oliveira
Rogerio Saladino dos Santos era sócio da Biofast Diagnóstico S.A, empresa que atuava em São Paulo, Bahia e Ceará Crédito: Divulgação / Abramed
Empresário tinha vários registros criminais, incluindo homicídio, lesão corporal e crime ambiental. Ele, uma policial e um vigilante foram mortos na troca de tiros
Três pessoas foram mortas em tiroteio no bairro Jardins, área nobre da cidade de São Paulo. Entre elas uma policial, um empresário e um vigilante. O autor dos primeiros disparos foi o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, que teria confundido os policiais que bateram à sua porta com bandidos, de acordo com a polícia. Na sequência, houve o tiroteio.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a policial civil Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, e o parceiro (não identificado) investigavam um furto ocorrido na sexta-feira, 15, em uma casa vizinha à de Saladino. Eles estavam averiguando com vizinhos sobre a existência de imagens das câmeras de segurança que auxiliassem na investigação da qual faziam parte. Outros moradores já tinham sido abordados pelos agentes de segurança.
No entanto, quando se dirigiram à casa do empresário, os policiais foram recebidos à bala. A policial Milene e o parceiro dela revidaram os tiros e feriram mortalmente o empresário. Tanto Saladino quanto a policial, além de um funcionário da casa, o vigilante Alex James Gomes Mury, 49 anos, funcionário de Saladino que no local, morreram na ação. Alex era registrado como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).
“Eles (os policiais) viram um motoqueiro entrar na casa do empresário e foram falar com ele. A Milene estava devidamente identificada e falou que precisava das imagens. O motoqueiro disse que não teria problema e que iria falar com o patrão”, disse o delegado.
Em seguida, as portas da mansão, que são à prova de balas, foram fechadas. “Esse motoqueiro falou com o empresário, que teria dito: ‘Não. Isso é golpe’. Ele teria, então, se municiado com duas armas de fogo, uma calibre 45 e outra de calibre 380”, descreveu o diretor do Deic.
Empresário teria confundido os policiais com golpistas e aberto fogo na rua
O empresário teria chegado a ver as imagens externas da casa e comentado: “Isso é golpe mesmo”. “Ele pediu para o vigilante abrir o portão e ele já desferiu o tiro fatal na Milene. E continuou atirando: acertou no Uber que estava parado em frente e acertou no portão da casa da frente”, afirmou o delegado.
Na sequência, o parceiro de Milene reagiu e atirou no empresário que, mesmo baleado, continuou a atirar. “Aí o vigilante foi pegar a segunda arma para tentar reagir e acabou sendo baleado também pelo policial”. complementou.
Quem era o empresário Rogério Saladino
O empresário possuía três delitos criminais: homicídio, lesão corporal e crime ambiental, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
No momento em que houve o tiroteio, acontecia uma festa na mansão de Rogério Saladino. Segundo a polícia, no quarto dele foram encontrados vários tipos de drogas. Entre as substâncias havia haxixe, maconha e drogas sintéticas.
Rogério Saladino dos Santos era sócio da Biofast Diagnóstico S.A., uma empresa com atuação na área de laboratórios sediada em Jaguaré-SP. De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a empresa atua principalmente nos Estados de São Paulo, Bahia e Ceará.
https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2023/12/17/tiroteio-entre-policiais-e-empresario-com-atuacao-no-ceara-deixa-tres-mortos-em-sp.html
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