Correios vão cortar cargos de chefia e devem reabrir programa de demissão
Correios soma cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo entre 2015 e 2016
Informação foi dada ao G1 pelo presidente da estatal, Guilherme Campos. Empresa enfrenta prejuízo bilionário e busca adesão de 8 mil funcionários ao PDI. Por Laís Lis, G1, Brasília A reestruturação dos Correios, proposta nesta semana, prevê o corte de um número significativo de cargos de chefia e gerência, afirmou ao G1 o presidente da estatal, Guilherme Campos. Com as mudanças, afirmou Campos, a empresa deve reabrir na próxima semana uma nova rodada do Programa de Desligamento Incentivado (PDI). Seria a terceira rodada do PDI. “Estamos vendo a possibilidade de reabrir o PDI. Já chegou a demanda após a reestruturação da empresa”, disse. Segundo Campos, muita gente que estava confortável dentro da empresa com as gratificações pagas começou a ponderar a opção pelo PDI após o anúncio dos cortes. Com a terceira rodada, disse Campos, os Correios esperam superar a meta inicial, que era a adesão de 8 mil funcionários no PDI. Até agora, cerca de 6,5 mil servidores da estatal já entraram no programa. Na primeira rodada foram cerca de 5 mil funcionários e, na segunda, que foi finalizada na semana passada, foram 1.500. Campos explicou que será preciso esperar o resultado final do PDI e os avanços obtidos com a reestruturação antes de se falar em demissão de servidores concursados. Economia A reestruturação dos Correios faz parte de uma ação para trazer as contas da estatal para o azul. Só o corte de gerencias, afirmou o presidente, vai gerar uma economia anual que pode chegar a R$ 50 milhões. A empresa soma cerca de R$ 4 bilhões de prejuízo entre 2015 e 2016. Com a reestruturação, os Correios passaram a contar com uma vice-presidência Comercial, uma de Operações, uma de Canais e uma de Negócios e Governo. Segundo Campos, a empresa unificou as equipes. Antes, cada área da empresa – postal, encomendas, logística e varejo – tinha uma equipe de venda, de marketing e operação. "A operação era tão separada que às vezes havia ociosidade na área de encomendas, mas a de logística estava sobrecarregada", explicou. Fonte G1, Brasília
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