Defesa Civil de Altamira declara estado de emergência após cheia
Defesa Civil diz que irá contornar a situação sem ajuda federal.
A Defesa Civil municipal de Altamira , sudoeste do Pará, decretou na manhã desta sexta-feira (7) estado de emergência no município. Segundo o órgão, a decisão foi tomada após estudo sócio-econômico sobre o impacto dos danos causados pela enxurrada provocada pela cheia do rio Xingu.
Atualmente o nível do rio Xingu permanece 7,52 metros acima do nível normal. 78 famílias foram deslocadas para o abrigo da prefeitura, que foi improvisado no parque de exposições do município. Apesar disso, a defesa civil diz que irá continuar controlando a situação, sem a necessidade de apoio do governo federal.
Para decretar estado de emergência, a Defesa Civil avaliou o relatório de danos nos bairros atingidos pela enchente, além da situação de pontes, ruas avenidas e 1.200 casas em oito bairros que ficam nas margens dos cursos de água que cortam a cidade.
Protestos
A cheia do rio Xingu resultou em uma onda de protestos em Altamira. Segundo a população, o município tem problemas de moradia e urbanização. No último dia 4, famílias de desabrigados ocuparam o conjunto residencial Jatobá, que está sendo construído pela Norte Energia para as famílias afetadas pela construção de Belo Monte - a desocupação ocorreu 12 horas após o começo do protesto.
No dia 21 de fevereiro, manifestantes bloquearam o acesso da rua Bom Jesus, mas foram dispersados com spray de pimenta e tiros de balas de borracha que deixaram quatro pessoas feridas.
Os alunos da Universidade do Estado do Pará (UEPA), que fica no bairro Mutirão, um dos afetados pela chuva, chegaram a ser recebido pelo secretário de obras do município, Pedro Barbosa, para cobrar soluções para os impactos dos alagamentos.
Do G1 PA
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