CRÔNICA DE JOÃO HILÁRIO PARA O ADEUS A ANTÔNIO FÉLIX
Hoje, estamos aqui para chorar a sua partida e para fixar mais uma pessoa inesquecível nas nossas lembranças
Aos familiares, amigos e admiradores de Antônio Félix
Desde a tarde do último sábado, me encontro com sintomas gripais.
Por isso, e para não colocar em risco a saúde das pessoas que aqui estão neste momento, pedi ao amigo e colega Silva Neto para ler esta mensagem.
Por sinal, nesta tarde, devo apresentar o jornal de casa.
Solidarizo-me com a esposa, filhos e demais familiares deste pequeno grande barbalhense que tanto nos alegrou e nos encantou.
Quando ouvi o último boletim do nosso Antônio Félix para o programa Amigos da Bola na Rádio Iracema na semana passada, só me ocorreu admirar e imaginar quanto entusiasmo o nosso Baxim tinha pelo esporte, pelo rádio e pela vida.
Estava como sempre animado, atualizando as informações do esporte, sem esquecer um só detalhe do futebol local e nacional. Tinha uma enorme sede de informar e uma enorme bagagem de conhecimento na sua prodigiosa memória.
Hoje, estamos aqui para chorar a sua partida e para fixar mais uma pessoa inesquecível nas nossas lembranças.
Félix passou pela vida fazendo amigos, fazendo graça com seu espírito brincalhão, mas sobretudo participando ativamente da vida barbalhense, desde muito jovem.
Conheci Félix quando fui seu professor de Educação Física na antiga Escola de Comércio, depois Lyrio Callou, na primeira metade da década de 70.
Era um adolescente brincalhão que não perdia uma aula e que queria ser atleta e já imitava os locutores esportivos.
E de fato foi atleta e radialista como sempre quis.
Félix sempre aceitou e enfrentou desafios. Como atleta, escolheu aposição errada para um baixinho. Foi goleiro e dos bons.
Como árbitro de futebol, apitei jogos com ótimas atuações dele. Eu ficava admirado.
Vi, ouvi e acompanhei seus primeiros movimentos no rádio.
Levei-o para o curso de radialista para que ele se profissionalizasse. Lá, como professor, testemunhei o seu desempenho.
Continuei acompanhando o seu desempenho no rádio como apresentador, como narrador e repórter. Fazia tudo isso com sabedoria e eficiência.
Fui seu colega no rádio esportivo em Juazeiro e muitas vezes voltamos juntos, com ele sempre perguntando muito e ensinando também.
Muitas vezes me ligava para perguntar se determinada pronúncia estava certa. Era cuidadoso na correção.
Era alegre, brincalhão, respeitador, inquieto e ativo.
Há uns cinco ou seis anos, quando ele estava internado no Hospital do Coração, fui visitá-lo. Era um paciente impaciente, louco para voltar para sua família e para voltar ao rádio.
Daquela vez, ele voltou. Vivo, ativo, competente e alegre como sempre.
Hoje, a alegria dele parou, para nossa tristeza.
Aqui, começa a nossa saudade deste grande barbalhense que tinha o nome do nosso padroeiro, Antônio, o nome do nosso fundador, Barreto, e viveu feliz e alegrando as pessoas como a última palavrado seu nome: Félix.
Que Deus o receba e o guarde eternamente, nosso Antônio Barreto Félix.
Do seu professor, amigo e colega João Hilário.
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