Profissionais da saúde protestam contra projeto que restringe diagnóstico de doenças a médicos
Redação
A onda de manifestações não para em Fortaleza. Um grupo de profissionais e estudantes da área da saúde paralisou parte da Aldeota, na noite de ontem, 25, em um protesto contra o Projeto de Lei (PL) 286, que trata do chamado Ato Médico, aprovado na última terça-feira, 18, pelo Senado.
Partindo da avenida Pontes Vieira, os manifestantes chegaram ao cruzamento das avenidas Antônio Sales com Desembargador Moreira, na altura da Praça da Imprensa, impedindo os veículos de trafegar pelas vias. Sentados no asfalto, farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, entre outros profissionais de saúde pediam aos gritos o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto.
Segundo José Bezerra de Souza, presidente do Conselho de Optometria do Ceará, caso o projeto sancionado, como foi votado no Congresso, haverá perdas irreparáveis para os profissionais de saúde e para a própria população. “Não podemos aceitar que a saúde fique apenas na classe médica. No mundo inteiro, ela é compartilhada”, enfatiza.
Os profissionais apontaram cinco pontos polêmicos do projeto, entre eles o que diz que o diagnóstico de doenças como prerrogativa exclusiva dos médicos, a emissão de diagnósticos de anatomia patológica e de citopatologia, procedimentos invasivos e a ocupação de cargos de direção e chefia. “Se for votado como está, o prejuízo vai ser gigantesco e vai desempregar muita gente”, alerta.
*Texto jornal Aqui Ce.
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