Comando da Polícia Militar transfere major Plauto para Juazeiro Norte

O major da Polícia Militar, Plauto de Lima, ex-comandante da Guarda Municipal de Fortaleza, está classificado em Juazeiro do Norte, conforme publicação no boletim do Comando Geral da PM da última quarta-feira. Na nota 581/2013, o major é transferido para o 2º Batalhão Policial Militar, que fica no município do Cariri. Na edição do O POVO do dia 1° de junho, o major afirmou que havia sido convidado a se transferir. Na mesma matéria, o comandante da PM, Werisleik Matias, negou o fato, afirmando que “ou ele é mentiroso ou tem bola de cristal”. As declarações de Plauto ao jornal geraram a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) contra ele. 

Agora, segundo Plauto, o caso está agora nas mãos de um advogado. “Espero que o bom senso prevaleça nessa situação”, afirmou. O advogado de Plauto será Walmir Pereira de Medeiros Filho, o mesmo coronel do Exército, que, à época da greve da PM de 2012, mediou o fim da paralisação e assinou o pacto de acordo entre policiais e Governo do Estado. “Da mesma maneira que mediei naquela ocasião, estou tentando mediar agora também”, comentou Medeiros, que assumiu o caso como advogado sem cobrar honorários.

Na opinião de Medeiros, está havendo injustiça. Ele pontua que Plauto estava exercendo função política na Guarda Municipal, foi solicitado pela Polícia Militar e até hoje não foram apresentados os motivos. “O inquérito só pode ser aberto quando há indício de crime. E é básico que a pessoa saiba aquilo pelo que está respondendo”, afirmou Medeiros. Por isso, garantiu que segunda-feira (10), entrará na Justiça com pedido de habeas corpus pedindo trancamento do IPM, por falta de justa causa. Medeiros lembra que conheceu Plauto durante a greve, quando ele também tentava mediar a negociação.

O POVO tentou contato com o comandante geral da PM, Werisleik Matias, mas a assessoria de comunicação, através do tenente-coronel Fernando Albano, afirmou que não há “nada a declarar” e que “isso é um assunto (interno) da Corporação”.

Fonte: O Povo