Adeus, Neymar! Joia se emociona, não brilha e Santos empata com Flamengo

Na despedida do craque, confirmado como novo reforço do Barcelona, a equipe carioca foi superior, mas não conseguiu vencer o Peixe no Mané Garrincha, em Brasília

Adeus, Neymar! A tão comentada despedida do Santos, enfim, chegou. Ela não foi da forma que o torcedor santista se acostumou, com gols, dribles e brilhantismo, mas teve emoção, lágrimas e um gostinho de "volta logo, craque". O empate por 0 a 0 com o Flamengo, que foi superior ao Peixe, no Mané Garrincha, acabou ficando em segundo plano. Foi um domingo histórico.

Agora o craque passa a pensar no Barcelona, clube que ele defenderá por cinco anos, e deve ser apresentado nos próximos dias. Na terça-feira, ele se apresenta à Seleção Brasileira para a preparação para a Copa das Confederações.

Já o Peixe passa a se preparar para sua primeira partida sem o ídolo. O rival será o o Botafogo, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O Flamengo, por sua vez, pega a Ponte Preta, nesta quinta-feira, em Juiz de Fora.

O jogo

No cantar do hino nacional, antes do apito inicial, Neymar já chorava. Lágrimas de um jogador que se despedia dos palcos brasileiros que o consagraram. O roteiro estava pronto e ele queria a despedida sonhada.

A tarde era dele, apenas dele. Em todos os cantos, só se falava no camisa 11. Os flashes o seguiam a cada passo. Era o momento histórico. Era... O problema é que, dentro do cenário ideal para o adeus, esqueceram de avisar o Flamengo.

Com apoio de boa parte da torcida no Mané Garrincha, mesmo com o mando de campo do Peixe, o Rubro-Negro dominou as ações da partida. O show tinha outro dono. Com toque de bola envolvente do rival carioca, Neymar pouco apareceu.

Ao todo, nos primeiros 45 minutos, apenas uma boa jogada e poucos toques na bola. Ele buscava o jogo, arrancava, brigava, discutia, mas o time não ajudava. Em meio a isso, o Flamengo criava, criava, criava... e perdia gols. Dois deles cara a cara, com Rafinha e Gabriel, aos 11 e 42 da primeira etapa.

No segundo tempo, Neymar voltou a se emocionar na volta do gramado, mas o panorama era o mesmo. O Peixe pouco ajudava e ele, consequentemente, nada fazia. O jejum de gols, que tanto o incomodava, chegava a sete jogos.

Nos últimos 45 minutos, apenas chutes de longa distância e nada muito digno do encantamento dos últimos anos. O diagnóstico era claro: o Santos não correspondia ao talento do jogador. Era chegada a hora de partir para o Barcelona.

Enquanto isso, o Flamengo crescia, era dominante, mas a bola insistia em não entrar. De bom para Neymar e Peixe, apenas a boa participação de Gabigol, de 16 anos, que mostrou a sua candidatura a novo ídolo.

Não foi da forma que ele sonhou, mas vai deixar saudades. Agora, a Joia do futebol brasileiro foca na sua viagem rumo a Barcelona, que deve acontecer ainda nesta segunda-feira, antes da apresentação à Seleção Brasileira, que acontece na terça, em Teresópolis.

LANCEPRESS! - Santos.