PB tem 5ª pior taxa de detentos em atividades laborais nos presídios
Seap diz que há restrições de boa conduta para os detentos.
Do G1 PB
Dados do Ministério da Justiça revelam que as unidades prisionais da Paraíba possuem a 5ª menor taxa de atividade laboral do país, com 63 trabalhadores em cada mil apenados. Segundo o Sistema de Informações Penitenciária (Infopen), o estado conta com quase 9 mil detentos e, destes, apenas 558 participam de algum trabalho dentro dos presídios.
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap), Wallber Virgolino, existe uma série de medidas e restrições para selecionar qual preso poderá ter direito a exercer algum tipo de atividade laboral. “É uma medida restrita aos presos de bom comportamento e que já cumpriram boa parte da pena. Além disso, a medida só pode ser concedida àquele que apresenta bom convívio nas unidades prisionais”, afirmou.
O levantamento conta com os dados mais recentes pelo Ministério da Justiça, divulgados em junho de 2012. Em todo o país, dos 550 mil presos, cerca de 92 mil trabalham dentro das cadeias e penitenciárias. O estado que apresentou um melhor índice neste quesito foi Santa Catarina, onde no ano último ano, 6.571 presos (39%) estavam trabalhando.
O Ceará foi o estado que apresentou a pior taxa. Em média, de 2008 a 2012, apenas 21,8 em cada 1.000 presos estava desenvolvendo alguma atividade laboral dentro das penitenciárias. Apesar disso, segundo os números apresentados nesses anos pelo InfoPen, foi o que teve maior crescimento, passando de 2 para 26,3 presos para cada grupo de 1.000 habitantes.
No Nordeste, além do Ceará, as piores taxas nas unidades prisionais, por estado, são aquelas apresentadas em Rio Grande do Norte (48,9), Alagoas (57,5), Pernambuco(98,6), Bahia (99,3), Maranhão (125,4), Piauí (245,0) e Sergipe (309,9).
Segundo o diretor-geral do Departamento Penitenciário Federal do Ministério da Justiça (Depen), Augusto Rossini, a quantidade de presos envolvidos em programas de trabalho externo aumentou. Eram 15.786 em 2011 e passaram para 20.279 este ano. A quantidade de presos envolvidos em programas de trabalho interno também apresentou crescimento de 79.030 para 91.759.
Taxa de presos em atividade laboral (por mil detentos)
Acre 68,1
Alagoas 57,5
Amapá (não informado)
Amazonas 74,8
Bahia 99,3
Ceará 26,3
Distrito Federal 127,5
Espirito Santo 83,4
Goiás 245,0
Mato Grosso 122,4
Mato Grosso do Sul 232,3
Maranhão 125,4
Minas Gerais 182,9
Pará 65,1
Paraíba 63,7
Paraná 99,8
Pernambuco 98,6
Piauí 245,0
Rio de Janeiro 15,3
Rio Grande do Norte 48,9
Rio Grande do Sul 199,1
Rondônia 323,3
Roraima 183,4
Santa Catarina 387,8
São Paulo 222,3
Sergipe 309,9
Tocantins 197,2
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