Ex-lateral-direito admite falta de entrosamento, aponta tempo como principal desafio para Felipão e pede menos pressão sobre Neymar

Por SporTV.comSão Paulo

Campeão do mundo em 1994 e 2002 com a seleção brasileira, Cafu disse apostar no potencial do atual time do técnico Luiz Felipe Scolari para a disputa da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014. O ex-lateral-direito relembrou a pressão da opinião pública nos dois momentos em que ergueu a taça para pedir confiança aos torcedores na equipe canarinha.

- Devemos acreditar na seleção brasileira. Tenho certeza de que ganha a Copa das Confederações e a Copa do Mundo também. Eu vivi na pele em 1994 e 2002, sei o que é viver esse momento de cobrança muito grande, quando ninguém acredita - disse, em entrevista ao"SporTV News".

Cafu admitiu, no entanto, que o Brasil precisa correr contra o tempo para montar um time entrosado. Segundo o ex-jogador, o principal desafio de Felipão é aproveitar amistosos e coletivos, a pouco mais de um ano para a Copa.

- Tempo está sendo uma palavra de ouro para a seleção brasileira. O professor Felipão vai correr contra o tempo para entrosar a seleção. Infelizmente temos só alguns amistosos. Neles, temos que dar o máximo para conseguir um resultado positivo, independente de jogar bem ou mal - analisou.

Para Cafu, o empate em 2 a 2 com o Chile, na última quarta-feira, foi um sinal de que a Seleção ainda está sem ritmo de jogo.

- Seleção apresentou domingo, treinou terça e jogou quarta. Não dá tempo de adaptador para formar um volante da maneira que você quer. O que é triste de ver é um Mineirão lotado vaiando a seleção e gritando "olé" contra o próprio time - lamentou.

Cafu ainda defendeu menos pressão sobre Neymar. Na opinião do ex-lateral, é preciso exigir boas atuações do time, e não de apenas um jogador.

- As cobranças em cima do Neymar são normais, porque ele é craque. É o cara que em um drible pode fazer um gol. O que não é normal é cobrar do Neymar que ele ganhe sozinho um jogo com a seleção. O conjunto é que vai trazer a Copa do Mundo - disse.