CRIME ELEITORAL: Operação da PF prende 10 em Trairi
Entre as pessoas detidas durante o cerco policial estão a esposa e um filho do prefeito afastado do Município
Trairi Dez pessoas foram presas, ontem, suspeitas de formação de quadrilha e corrupção eleitoral, neste Trairi, localizado no litoral Leste do Estado ((124Km de Fortaleza). Na operação, que foi desencadeada pela Polícia Federal e o Ministério Público, foram presas, entre outras pessoas, a primeira-dama do Município, Sílvia Virgínia Aguiar, casada com o prefeito afastado Josimar Moura Aguiar, e o filho do casal, Gustavo Viana Aguiar. Também foram apreendidos alimentos e medicamentos que, supostamente, seriam utilizados na troca por votos.
A ação da PF surpreendeu a população. Cerca de 84 agentes em 22 viaturas cercaram diversos prédios públicos e residências na cidade litorânea, no começo da manhã, para cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão
Dentre o material confiscado, um destaque foram os alimentos já acondicionados em pacotes, o que leva a suposição de distribuição de cestas básicas. Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão e 27 busca e apreensão. Os agentes da PF fizeram diligências em vários locais, entre eles, a sede da Câmara Municipal, o gabinete do prefeito e residências dos suspeitos. Foram mobilizados 84 homens da Polícia Federal, distribuídos por 22 viaturas, que a partir das 5 horas iniciaram as atividades. Os presos deverão ser ouvidos hoje e se encontram recolhidos na cadeia pública de Trairi.
De acordo com o promotor de Justiça Igor Pereira, a ação foi consequência de um trabalho de Inteligência, que implicou em quebra de sigilo telefônico autorizado pelo juiz eleitoral do Trairi, Fernando Teles. Ele explicou que o objetivo foi a comprovação dos crimes de formação de quadrilha e o uso da máquina administrativa para favorecimento ao candidato a prefeito Josimar Moura Aguiar (PPS).
Dentre o material confiscado, um destaque foram os alimentos já acondicionados em pacotes, o que leva a suposição de distribuição de cestas básicas. Ao todo, foram expedidos 11 mandados de prisão e 27 busca e apreensão. Os agentes da PF fizeram diligências em vários locais, entre eles, a sede da Câmara Municipal, o gabinete do prefeito e residências dos suspeitos. Foram mobilizados 84 homens da Polícia Federal, distribuídos por 22 viaturas, que a partir das 5 horas iniciaram as atividades. Os presos deverão ser ouvidos hoje e se encontram recolhidos na cadeia pública de Trairi.
De acordo com o promotor de Justiça Igor Pereira, a ação foi consequência de um trabalho de Inteligência, que implicou em quebra de sigilo telefônico autorizado pelo juiz eleitoral do Trairi, Fernando Teles. Ele explicou que o objetivo foi a comprovação dos crimes de formação de quadrilha e o uso da máquina administrativa para favorecimento ao candidato a prefeito Josimar Moura Aguiar (PPS).
Uma grande quantidade de alimentos e de produtos de limpeza e higiene foi confiscada pelas autoridades. O material estaria sendo distribuído a eleitores
Também foram expedidos mandados de prisão para as cabos eleitorais Gorete Souto Pinto e Elis Regina Vital, além de um comerciante identificado como Antônio Eduardo, e ainda, para o vice prefeito Francisco Flávio de Azevedo, que fugiu.
As prisões foram antecedidas por outras duas operações da Polícia Civil, que buscaram indícios de improbidade administrativa e supostas licitações fraudulentas praticadas pela atual gestão municipal. A ação de ontem foi comandada ainda pelos promotores de Justiça André Clark Cavalcante, Eloíson Landim e Epaminondas Vasconcelos.
Milhões desviados para comprar voto
Em coletiva, o delegado da Polícia Federal (PF), Janderlyer Gomes, e o procurador regional eleitoral, Márcio Andrade Torres, falaram sobre a operação ´Trairi Limpo´, que investiga o suposto desvio de R$ 21 milhões que estariam sendo usados em compra de votos.
Janderlyer afirmou que somente o desenrolar das investigações irá confirmar se há ou não culpa dos presos temporários, e se o esquema existe verdadeiramente, mas que a operação foi bem sucedida. "Esta é uma prática antiga, mas absurda. Pasmem, senhores, são distribuídos óculos, remédios de uso contínuo e até dentaduras, enquanto não é possível trocar nenhum tipo de benesse por voto".
O procurador Márcio Torres disse que, as investigações continuam e que existem policiais federais investigando outras cidades, onde pode estar havendo o mesmo tipo de delito. "O candidato deve ser cauteloso em sua conduta, por que a Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará está de olhos bem abertos para compra e barganha de votos. Estamos em contato frequente com os promotores de muitas cidades para saber o que se passa. Se o candidato pretende se eleger comprando votos, a probabilidade que ele seja punido é grande".
MARCUS PEIXOTO
REPÓRTER
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