Digitais encontradas no carro da vítima eram de Thiago, diz delegado.

Suspeito de matar o professor e servidor público Raimundo Oliveira Teodoro, de 41 anos, Thiago Bruno Conceição, de 19 anos, se apresentou nesta sexta-feira (11) à polícia na companhia do advogado, na 4ª Regional de Rio Branco, onde será interrogado. O jovem era considerado foragido, pois um mandado de prisão temporária havia sido expedido contra ele desde o dia 27 de junho, uma semana após o crime. Ele deve permanecer preso por 30 dias até a conclusão do inquérito.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Odilon Vinhadelli Neto, fortes indícios apontam Thiago como o autor do homicídio. No carro de Teodoro, encontrado abandonado no bairro Rui Lino, foram identificadas impressões digitais do suspeito. "Foram constatadas na porta esquerda, a do motorista, digitais do próprio Thiago. Um indício grande de que ele realmente tenha pego o carro de Teodoro após o crime", afirma o delegado.

Além disso, imagens do circuito interno do condomínio fechado, onde a vítima morava, mostram que o suspeito e outras duas pessoas estiveram no local no dia do crime. "Foram identificadas as pessoas que estiveram com Teodoro momentos antes do homicídio. Elas deram as versões delas, contaram que estiveram mesmo no apartamento. Mas as duas pessoas saíram e o Thiago teria ficado sozinho com a vítima" diz.

A faca apreendida no local do crime, que pode ter sido utilizada na morte do servidor público, também está sendo analisada pela perícia.

Em entrevista ao G1, nesta sexta-feira (11), Gley Holanda, advogado de Thiago, alegou que apesar de o professor ter sido morto a golpes de faca, o crime não foi planejado, mas sim 'um acidente'. "Ele não foi lá para matar o Raimundo Teodoro, não foi uma execução, o que houve foi praticamente um acidente. Aí você me questiona sobre a perfuração de faca, porém, temos que analisar em que situação aconteceu isso", disse.

Entenda o caso
O professor e servidor público Raimundo Oliveira Teodoro, de 41 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava em um condomínio fechado, na capital acreana, no dia 20 de junho deste ano. Após o crime, o suspeito fugiu no carro da vítima, um veículo HB20 branco, que foi abandonado no bairro Rui Lino.

Rayssa NataniDo G1 Acre