Operação da PF no Ceará prende 10 pessoas por fraude contra a Caixa

Polícial também pertenceu a um grupo que assassinava policiais.

Dez pessoas estão detidas na sede na Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará suspeitas de participarem de uma quadrilha que gerou prejuízo superior a R$ 9 milhões à Caixa Econômica Federal. As prisões foram efetuadas em Caucaia.

Segundo o Delegado da Polícia Federal de São Paulo, Carlos Eduardo Pellegrini, os suspeitos atuavam em seis estados (São Paulo, Ceará, Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba e Distrito Federal).

Ex-policial
Entre os presos está um ex-soldado da Polícia Militar do Ceará que além de ser um dos líderes da quadrilha, pertenceu a um grupo que assassinava policiais. A operação começou no dia 17 de outubro de 2013 e terminou nesta quinta-feira (27).

De acordo com o delegado da Polícia Federal do Ceará, Renato Muzy, todo o material apreendido, foi localizado no município de Caucaia, Região Metropolitana, na residência do ex-soldado da Polícia Militar. “O material estava na residência do ex-policial militar. Foram encontrados cheques originais, documentos e bananas de dinamite. Agora vamos apurar se existem outros envolvidos”, afirmou.

A fraude
A fraude consistia na obtenção de folhas de cheques originais. Posteriormente, o grupo inseria dados falsos com alteração da numeração. Para a compensação dos cheques fraudados, eles faziam uso das contas abertas irregularmente ou através das contas bancárias dos terceiros cooptados, que cediam mediante pagamento em dinheiro

Ainda conforme Carlos Eduardo Pellegrini todos que cederam as contas para movimentação do dinheiro vão ser punidos. “Já identificamos os suspeitos de cederem as contas para haver toda a movimentação do dinheiro. Apuramos que eles forneciam dados bancários para depois receber pagamento da quadrilha”, disse.

Ataques a banco
A Polícia Federal também apreendeu dinamite. De acordo com Carlos Eduardo Pellegrini o grupo também está envolvido em ataques a bancos em Fortaleza e no interior do Estado. “Já que encontramos os explosivos. Fica evidente que o grupo agia contra caixas eletrônicos. Além do dinheiro eles tinham interesse nos cheques que eram usados futuramente”, afirmou.

Gioras XerezDo G1 CE