Famílias velam corpos dos 3 jovens mortos após carro capotar em Goiânia
Viúva suspeita que pneus foram baleados durante perseguição; PM nega.
As famílias dos três jovens mortos após o carro em que estavam capotar durante uma perseguição policial já estão sendo velados. O acidente ocorreu na madrugada deste sábado (22), em Goiânia. Os irmãos Francislei Rodrigues, de 25 anos, e Francismar Rodrigues, de 22, serão enterrados na capital. Já o corpo do condutor do veículo, Ricartti Barbosa da Veiga, de 20 anos, será levado para Belo Horizonte. Parentes das vítimas questionaram a ação da polícia. A PM diz que agiu dentro do padrão.
Viúva de Ricartti, a atendente Letícia Alves dos Santos questiona onde porque as rodas e pneus dos veículos desapareceram após o acidente. Ela suspeita que essas partes do veículo possam ter sido baleadas. "Queria só o esclarecimento. Se teve tiro de verdade ou não e se foi por causa disso que eles capotaram o carro. Pode ter sido isso", lamenta.
O GM Astra ficou completamente destruído. Dois corpos foram retirados das ferragens e um foi lançado para fora do veículo por causa do impacto. Eles começaram a ser perseguidos após não pararem em uma patrulha policial. Segundo o vendedor Rogério Fernando Máximo, amigo das vítimas, eles fugiram porque a CNH de Ricartti só o permitia dirigir motocicletas.
A mãe de Francislei e Francismar, Maria de Fátima Gonçalves Brito, também questionou a demora no atendimento dos jovens. "Ficou mais de duas horas esperando e o pessoal pedindo socorro. Eles diziam \'dá socorro, porque eles estão vivos\'", afirma. O Corpo de Bombeiros informou que quando chegaram ao local os três jovens já estavam mortos.
Respostas
Em nota, o comandante do 9º Batalhão, tenente-coronel Henrikson de Souza Lima, informou que não houve troca de tiros e que o socorro foi acionado de imediato. Ele explicou ainda que uma norma proíbe que policiais prestem socorro nas viaturas.
Sobre o sumiço das rodas, Lima disse que o carro foi revirado pela perícia e que o trabalho foi acompanhado por agentes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) e por um irmão das vítimas.
Segundo o comandante, os dois irmãos tinham passagem pela polícia por venda de produtos falsificados e um deles era foragido.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
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