Enterrado menino baleado por amigo com tiro de chumbinho em Goiás
Arma pertence ao pai do suspeito; ambos devem ser responsabilizados.
Foi enterrado nesta quinta-feira (13) em Catalão, região sudeste de Goiás, o corpo do adolescente de 13 anos que foi atingido na testa por um tiro de uma espingarda de pressão carregada com chumbinho. O disparo foi feito por um amigo da vítima, de 14 anos, enquanto eles brincavam com a arma. A Polícia Civil está investigando o assunto.
O menino foi velado durante toda a manhã. Depois, no inicio da tarde, parentes, amigos, além de vários colegas de escola compareceram ao sepultamento.
O tiro que matou o garoto ocorreu na tarde de quarta-feira (12). A espingarda pertence ao pai do garoto que efetuou o disparo. Ambos já prestaram depoimento e foram liberados. De acordo com a delegada Alessandra Maria de Castro, responsável pelo inquérito, eles alegaram que o tiro foi acidental. O menino, inclusive, disse que foi a vítima quem pegou a arma.
"No depoimento, ele [menino que atirou] disse que o colega foi em sua casa para visitá-lo. A vítima estava com um machucado no braço e foi ao espelho no quarto do para ver a lesão e acabou encontrando a arma atrás do guarda-roupa. Durante uma brincadeira, ela acabou disparando e o garoto saiu correndo para pedir ajuda", afirmou Alessandra ao G1.
Já o pai contou que havia comprado a arma para "dar tiros no muro de casa, para distração". Ele disse que sempre guardou a arma descarregada. A delgada explicou que não é necessário autorização para comprar ou manter uma espingarda de pressão em casa.
Conforme explica Alessandra, o garoto deve ser responsabilizado pelo crime de homicídio culposo. Como ele é menor, caso seja condenado, deverá cumprir penas alternativas, como por exemplo, prestar serviços comunitários ou ter a liberdade vigiada.
Em relação ao pai e dono da arma, a delegada ainda estuda indiciá-lo pelo crime previsto no artigo 242 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que fala sobre fornecer ou entregar arma, munição ou explosivo para menor. Neste caso, a pena é de três a seis anos de reclusão.
Sílvio TúlioDo G1 GO, com informações da TV Anhanguera
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