Após estupro a bebê, polícia apura se a mãe de 13 anos, também é uma vítima

A polícia civil abriu um inquérito para investigar quem estuprou um bebê de apenas dois meses na noite da última segunda-feira (10/03), na zona Leste de Teresina. E quer saber ainda se a mãe do bebê, que é uma adolescente de apenas 13 anos, também vive em situação de vulnerabilidade, já que o companheiro é um rapaz maior de idade. Ele é o principal suspeito, inclusive, dos abusos contra o bebê.

Segundo o delegado geral James Guerra, em entrevista à TV Meio Norte, a própria mãe do bebê também é protegida pela legislação. “O fato de ter um filho já comprova que a menor tem prática sexual regular, e sendo abaixo dos 14 anos, o fato pode ser considerado estupro de vulnerável. Por isso foi preciso nos cercarmos de garantias, pois havia necessidade de analise da vida da adolescente, que é mãe e vítima”.

Neste caso, segundo o delegado, será preciso saber se houve negligência por parte da mãe. “A hipótese é de que alguem tenha entrado na casa, pela idade, entende-se claramente que essa criança não anda, sendo assim esse crime aconteceu dentro do seio familiar. Vamos analisar os cuidados desta mãe com a criança de dois meses, pois entendemos que ela vive no colo da mãe.

SOBRE O CASO
A mãe da menina percebeu o sagramento na hora de trocar a frauda. O bebê foi levado para o hospital do Satélite, em seguida, encaminhado para a maternidade Evangelina Rosa, onde as lacerações confirmaram o estupro. Acontece que, segundo o conselheiro, por falta de delegado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, o caso não está indo pra frente. A titular da especializada está de licença, e não há substituto.

O caso chocou o membro do conselho tutelar e os próprio médicos que atenderam a menina. Ainda não se sabe quem é o acusado de fato, mas um dos suspeitos tem passagem pela polícia.