Grupo agia há pelo menos dois anos e teria movimentado R$ 100 milhões.

A Polícia Civil prendeu 13 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em fraudar notas fiscais de cargas roubadas em Goiás. As prisões fizeram parte da Operação Manchester, deflagrada nesta terça-feira (11) em Goiânia, Anápolis, Itaberaí e Aparecida de Goiânia. Segundo a polícia, em dois anos de atuação, o grupo movimentou cerca de R$ 100 milhões.

Entre os detidos estão empresários, funcionários das empresas e donos de escritórios de contabilidade. Também foram executados 12 mandados de busca e apreensão. Quatro mandados de prisão expedidos ainda não foram cumpridos.

A ação foi comandada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar). Segundo o delegado adjunto Carlos Caetano Júnior, a base da quadrilha funcionava em Anápolis, a 55 km de Goiânia, onde foram presas oito pessoas. Na capital, houve outra três detenções, além de uma em Itaberaí e outra em Aparecida de Goiânia.

O delegado explicou como funcionava o esquema: "Eram montadas empresas laranjas que lançavam notas falsa onde não eram recolhidos o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Além disso, ficou comprovado que os produtos discriminados nas notas não correspondiam exatamente ao que estava nos carregamentos".

Em toda a operação, a polícia apreendeu mais de 20 computadores, além de pendrives e outros aparelhos eletrônicos. Algumas cargas pequenas de mercadorias roubadas também foram encontradas.

A polícia informou que posteriormente fará mais buscas para cumprir os mandados de prisão restantes e encontrar outros envolvidos nos crimes. Todos presos estão detidos em Goiânia.

O nome da operação foi escolhido por conta da maioria das ações ter ocorrido em Anápolis. Por causa da quantidade de indústrias, o município é conhecido como "Manchester Goiana", em alusão à cidade inglesa.

Sílvio TúlioDo G1 GO