Quatro pessoas morreram esmagadas dentro do ônibus, segundo a PRF.
Dos 20 feridos, apenas oito continuam internadas, sem gravidade.
A principal causa do acidente que matou quatro pessoas, na manhã desta sexta-feira (7) na BR-163, foi um cochilo do motorista ao volante. De acordo informações da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso (PRF-MT), o próprio condutor confessou aos policiais rodoviários que dormiu enquanto dirigia o ônibus de viagem.
O acidente foi registrado no quilômetro 645 da BR-163, entre as cidades de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, a 360 e 269 km de Cuiabá. Ao G1, os policiais rodoviários disseram que o condutor passou uma primeira versão sobre o acidente: o motorista contou que teria sido fechado por um caminhão bitrem e acabou jogando o veículo onde ocorreu o acidente.
Porém, posteriormente, confessou que dormiu ao volante. A versão foi sustentada pelos passageiros feridos, que relataram que o ônibus estava \'oscilando\'. O veículo tinha saído com 38 passageiros de Cuiabá e fazia o itinerário Paraná/Alta Floresta. O ônibus saiu da pista e tombou, logo depois de uma curva na rodovia. No acidente, quatro pessoas morreram esmagadas e outras 20 pessoas tiveram ferimentos leves.
O motorista teve apenas ferimentos leves. Ele foi ouvido por investigadores ainda no local do acidente e liberado. O condutor vai responder em liberdade por homicídio culposo [quando não há a intenção de matar]. Conforme o boletim de ocorrência, o motorista confessou que não tinha dormido bem.
Ele é funcionário da empresa há cinco anos e tem 18 anos de experiência como motorista. "Ele [o motorista] alegou que o acidente decorreu de um pequeno lapso de sono que teve, um breve abrir e fechar de olhos", diz trecho do boletim.
Conforme a PRF, a maioria dos passageiros estava sem cinto de segurança. Morreram no acidente um homem de 54 anos, uma mulher de 68 e outras duas mulheres que ainda não foram identificadas. Os corpos deles foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) da região.
As pessoas que se feriram foram levadas para hospitais de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. No entanto, apenas oito pessoas continuam internadas e não correm risco de morte. Desses pacientes, dois tiveram fraturas expostas, passaram por cirurgia e estão em observação.
Denise SoaresDo G1 MT
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