Segundo o trabalhador, suspeitos fizeram assaltos na cidade.

O barman de 30 anos que relatou à Polícia Civil ter sido vítima de sequestro relâmpago nesta semana, em Campo Grande, disse ao G1 que nas quase 24h que em que ficou refém dos bandidos, sentiu medo. "É medo, só. Medo de saber que a pessoa que a pessoa que está ali está querendo te matar".

O trabalhador conta que nessa quinta-feira (23) deixou a filha de 8 anos na casa da avó materna e quando seguia para o serviço, às 13h50 (de MS) foi rendido por dois rapazes, ambos armados com revólveres. "Eu estava parado no semáforo da Joaquim Murtinho [rua].  Era o último carro da fila. Aí veio cada um de um lado e eu falei que já ia descer, mas eles mandaram eu ficar e uns 200 metros dali me colocaram no porta-malas", fala.

Segundo boletim de ocorrência, a vítima ficou no porta-malas do carro de passeio dele até por volta das 12h de sexta-feira (24). "Fiquei sem tomar água, sem urinar, sem comer. Eles judiaram de mim. Jogavam o carro para um lado e para o outro", lembra o barman.

De acordo com as declarações do trabalhador à polícia, ele ouvia os bandidos combinando locais para assaltar e também dizendo que iriam matá-lo.

A vítima disse ainda que outras três pessoas entraram no carro dele, entre elas uma mulher. O barman conta ter percebido que os assaltos foram feitos em um posto de combustíveis, conveniência e a pedestres. Os suspeitos, segundo ele, aparentavam estar usando drogas.

O rapaz foi deixado junto com o veículo no bairro Nova Lima. Um dos envolvidos no sequestro disse a ele que estavam indo embora e ele conseguiu sair, após forçar o tampão do porta-malas.

Nadyenka CastroDo G1 MS