Condenado no mensalão, Jacinto Lamas é transferido da Papuda
Ex-tesoureiro do extinto PL poderá trabalhar em empresa de engenharia.
O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi transferido nesta quinta-feira (16) do presídio da Papuda, em Brasília, para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), também na capital federal, onde cumprirá, no regime semiaberto, a pena de cinco anos de prisão. Lamas foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. A transferência foi confirmada pelo advogado Délio Lins e Silva Júnior, defensor de Lamas.
O CPP é um estabelecimento prisional do Distrito Federal onde ficam os detentos que já foram autorizados pela Justiça a realizar trabalho externo. Na última segunda (13), Lamas foi autorizado pela Vara de Execuções Penais do DF a trabalhar como assistente administrativo em uma empresa de engenharia.
Ele receberá salário de R$ 1,25 mil, vale-transporte e R$ 11 por dia de vale-refeição para exercer as funções de controlar contas a pagar, emitir notas fiscais, controlar os recebimentos da empresa, coordenar o trabalho de logística, organização de arquivos, esclarecer dúvidas sobre a parte financeira, entre outras.
Condenado por corrupção passiva no julgamento do mensalão, Lamas vai poder sair da prisão durante o dia e voltará de noite ao centro penintenciário para dormir.
Na solicitação de trabalho aceita pela Vara de Execuções Penais, documento assinado pela empresa Mísula Engenharia diz que o ex-tesoureiro passou por entrevista no dia 16 de setembro e foi aprovado.
A empresa afirma conhecer a situação de Jacinto Lamas e explica que ele trabalhará das 8h às 18h, com uma hora de almoço.
Ao conceder o benefício do trabalho externo, o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais, afirmou que se trata de uma forma de avaliar “disciplina” de um condenado criminalmente.
“Não é muito lembrar que a concessão do beneplácito neste momento constitui uma possibilidade de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do reeducando antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado”, afirmou Bruno Ribeiro.
Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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