Bovespa recua mais de 2% e fecha no nível mais baixo em 5 meses

Preocupações com a economia chinesa e com números do Brasil pesaram,

O principal índice da Bovespa caiu mais de 2% e fechou abaixo dos 50 mil pontos nesta quinta-feira (9) pela primeira vez desde o fim de agosto, diante de temores com a desaceleração da inflação na China, importante parceiro comercial brasileiro, e preocupações com a economia doméstica.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 2,48%, a 49.321 pontos, menor nível desde o início de agosto, destaca a Reuters. 

No ano, a bolsa brasileira já acumula queda de 4,24%.

A inflação anual ao consumidor da China desacelerou com mais força do que o esperado em dezembro para 2,5%, a mínima em sete meses.

"Os números de inflação da China foram baixos, o que significa um desaquecimento do consumo chinês", disse à Reuters o operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.

A notícia afetou os papéis de empresas exportadoras de commodities, como a Vale, que foi a principal influência negativa do dia, e Bradespar, que tem participação na mineradora. Outra influência de baixa foram as ações das construtoras Brookfield e Rossi também recuaram mais de 4%.

O mercado também está atento à redução de estímulos à economia nos Estados Unidos, que começou a valer neste mês. Nesta sexta (10) também será divulgado o relatório de emprego nos EUA, que pode influenciar uma decisão de acelerar o ritmo da redução dos estímulos no país. Umas das possíveis consequências da medida é a redução da entrada de dólares nos mercados emergentes.

Além disso, continuavam pesando na Bovespa preocupações com a economia brasileira, devido à deterioração fiscal, o nível da inflação e expectativa de baixo crescimento, assim como temores de um rebaixamento da nota de crédito.

Apenas 5 dos 72 ativos do Ibovespa fecharam no azul. A ação da concessionária de ferrovias ALL teve a alta mais expressiva, de 8,8%. Em menor magnitude, Cosan também subiu, com avanço de 1,06%.

O jornal "Valor Econômico" desta quinta-feira afirmou que uma fusão entre a ALL e a Rumo Logística, empresa de transporte de açúcar da Cosan, é avaliada como opção para encerrar a disputa judicial entre as duas empresas relativa ao volume contratos para escoamento de açúcar.

Do G1, em São Paulo