Polícia pede prisão de suspeito de arremessar noiva de terraço no RJ

Família foi informada na manhã desta sexta-feira (3) da morte cerebral. Suspeito estaria inconformado com o término do relacionamento.

A polícia tenta localizar e prender um homem suspeito de provocar a morte da noiva, a estudante de Direito Nívia Araujo, de 24 anos, na madrugada da última quarta-feira (1°) em São Gonçalo. A jovem foi internada no Hospital Estadual Alberto Torres com traumatismo craniano grave depois de cair do terraço da casa onde morava. Segundo a família, os médicos anunciaram a morte cerebral dela no fim da manhã desta sexta-feira (3).


O caso é investigado pela 73ª DP (Neves). De acordo com a Polícia Civil, o delegado titular da unidade, Jorge Veloso, já solicitou a prisão temporária do suspeito e aguarda a decisão do Plantão Judiciário. A corporação informou que ele era noivo de Nívia, mas não divulgou a identidade dele. Agentes da Polícia Civil fazem buscas para localizá-lo.

Nívia, que era mãe de uma menina de 2 anos, passou o Réveillon com amigos e parentes e Maricá, mas voltou sozinha para casa na madrugada. O noivo teria invadido o imóvel de três andares, agredido a jovem e arremessado o corpo do terraço. “A gente tem imagens do circuito de vigilância do vizinho que mostra ele (o noivo) esperando por ela. Um amigo a deixou na porta de casa e ela entrou rapidamente. Ele escalou o muro da vizinha e chegou ao terceiro andar, arrombou a porta da varanda e do quarto dela”, disse Angelita Machado, prima da vítima.

Segundo Angelita, foi o pai do suspeito quem avisou a mãe de Nívia sobre a suposta queda do terraço. "Ele (o noivo) ligou para o Corpo de Bombeiros pedindo socorro e foi direto para a 72 DP registrar ocorrência de que ela caiu do terraço enquanto estendia roupa. Depois disso ele sumiu e imediatamente deletou a página dele no Facebook”, destacou a prima.

Para a família, o crime foi cometido porque o noivo não aceitava o término do relacionamento. “Eles ficaram juntos por seis meses. A Nívia terminou com ele na semana antes do dia 31. Ela reclamava que ele é agressivo, muito explosivo e ciumento e controlava os passos dela”, contou Angelita.

A Secretaria Estadual de Saúde ainda não confirma a morte de Nívia. “Os médicos disseram no fim da manhã que ela teve morte cerebral. Depois das 19h eles farão um procedimento formal na presença da família para comprovar o óbito”, esclareceu Nívia.

Daniel SilveiraDo G1 Rio