Rússia põe fim às ações judiciais contra 19 militantes do Greenpeace

Estrangeiros ainda aguardam autorização para deixar o país. 

Até a manhã desta quarta-feira (25), a justiça russa já havia colocado fim às ações judiciais contra 19 militantes do Greenpeace, entre eles o capitão do barco, acusados de vandalismo por uma ação de protesto no Ártico e anistiados por uma nova lei do Parlamento russo.

Em sua conta no Twitter, a organização anunciou sucessivamente o encerramento dos processos contra o turco Gizem Akhan, o neozelandês Jonathan Beauchamp, o holandês Mannes Ubels, o capitão americano do navio Peter Willcox, a argentina Camila Speziale, o polonês Tomasz Dziemianczuk, o ucraniano Ruslan Yakushev e o russo Dimitri Litvinov.

Na terça-feira (24), a comissão de investigação já havia notificado o britânico Anthony Perrett sobre o fim da investigação contra ele, segundo informações da AFP.

Por volta das 10 horas (horário de Brasília) desta quarta-feira, a organização informou à Reuters que 19 pessoas do grupo já estavam livre das acusações, porém não confirmou o nome de todas elas.

Os 30 membros da tripulação do navio, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma petroleira da Gazprom no Ártico. Depois de serem transferidos a São Petersburgo, foram colocados em liberdade sob fiança em novembro.

Da tripulação, 26 pessoas não são russas. Sem o visto de seu passaporte que certifica sua entrada legal no país, até o momento os militantes ecologistas não puderam deixar o território russo.

Acusados em um primeiro momento de pirataria, um crime castigado com até 15 anos de prisão, finalmente foram acusados de vandalismo, um crime punido com uma pena de até sete anos de prisão.

Os 30 membros da tripulação do barco do Greenpeace assinaram na segunda-feira (23) um documento no qual declaravam não se opor à lei de anistia, aprovada na semana passada pelo Parlamento russo.

Foto tirada no dia 18/12 mostra a bióloga brasileira Ana Paula Maciel (centro) e outros ativistas aguardando para assinar documento relativo à anistia. 

Da AFP