Mulheres estão tendo filhos mais tarde e gravidez na adolescência diminui
Para o sociólogo Claudio Crespo, coordenador de População e Indicadores Sociais do instituto, o comportamento está ligado à inserção da mulher no mercado de trabalho.
As brasileiras estão se tornando mães mais tarde e o fenômeno dagravidez na adolescência está diminuindo no país. Os dados fazem parte do Levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado nessa sexta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o sociólogo Claudio Crespo, coordenador de População e Indicadores Sociais do instituto, o comportamento está ligado à inserção da mulher no mercado de trabalho e ao maior acesso ao estudo nos últimos anos.
“Há uma mudança que mostra um número crescente de nascimentos para mães de 25 a 29 anos. Isso aponta que a natalidade está tendo um deslocamento para essas idades mais avançadas, apesar dela ainda ser jovem, se comparado com outros países, como Itália ou Portugal”, destacou Crespo.
O IBGE também detectou que o número de adolescentes grávidas entre 15 e 19 anos vem diminuindo. No Brasil, de 20,4% do total, em 2002, para 17,7% em 2012. Atualmente, a Região Sudeste detém o menor índice (15,2%) e a Região Norte (23,2%), o maior percentualde gravidez nessa faixa etária.
Segundo Crespo, entre os fatores que influenciaram a mudança de comportamento da mulher brasileira no que diz respeito à idade em que engravidam está o maior grau de escolaridade da mulher, maiores oportunidades de emprego e queda nas taxas de fecundidade: “São esses fatores sociais que impulsionam a maternidade em idades mais avançadas”.
A taxa de fecundidade da brasileira, de acordo com o IBGE, caiu de seis filhos por mulher na década de 1960 para 1,9 filho, em 2010.
Agência Brasil
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