Foi enterrado na tarde desta quarta-feira (18) o corpo de Camila Lopes, de 29 anos, que morreu carbonizada em um acidente de carro na Rua José Aírton Carvalho, no Bairro Curió, em Fortaleza, na madrugada de sábado (14). O corpo de Camila chegou no meio da tarde ao Cemitério Parque da Paz, depois de passar cinco dias na Perícia Forense do Ceará (Pefoce). De acordo com a polícia, o acidente foi provocado pelo comerciante Marcelo Alencar Leite de Souza, que estava embriagado no momento do acidente.

Segundo a família, Camila, que estava grávida, voltava de carro de uma festa com o amigo Caio de Almeida Arruda. Já perto de casa, ocorreu o acidente, quando o comerciante Marcelo Alencar Leite de Souza invadiu a contramão e bateu em dois veículos. O amigo foi socorrido, mas antes que ela fosse retirada das ferragens, o carro pegou fogo.

Uma equipe de policiais chegou ao local e presenciou a morte, mas afirma que não conseguiu retirar a vítima do veículo. “É um acidente que me marca como policial, vê uma pessoa implorando por socorro e não ter condições de ajudar é uma cena que fica marcada na nossa vida particular e profissional”, diz o policial Jéfferson Faustino. O comerciante tentou fugir à pé, mas foi detido pela polícia. 

“Havia copo de uísque dentro do carro, no próprio banco dele, cervejas intactas, cocaína. Ele estava meio alterado, e ainda está. Foi um fator preponderante para a causa da colisão”, diz Faustino. Ainda segundo a Polícia Militar, o suspeito tentou subornar os policiais do Ronda do Quarteirão. “Ele tentou subornar a gente, mas a gente fez o certo. Cumprimos a lei e apresentou ao delegado também a questão do suborno. Cabe a autoridade dar a punição que cabe a ele”, diz Jéfferson Faustino.

O motorista suspeito de causar o acidente continua preso. Nesta quarta-feira ele foi transferido para o 34º Distrito Policial, que atende o Bairro Curió, local onde ocorreu o acidente. O comerciante deve permanecer na Delegacia até ser transferido para um presídio. Marcelo  Alencar Leite de Souza vai responder a processo por homicídio por dolo eventual – quando não tem intenção de matar, mas assume o risco de que o crime ocorra – por dirigir embriagado, posse de drogas, omissão de socorro e por tentativa de suborno.

Do G1 CE