6,7 mil postos com carteira assinada gerados no Estado
Em outubro, o Ceará registrou o 2º melhor resultado da série histórica para o respectivo mês
No que diz respeito à geração de empregos formais, outubro deste ano já pode ser considerado um mês bastante proveitoso para o Ceará. Isso porque, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, o número de admitidos no Estado superou em 6.789 a quantidade de demitidos no período, sendo esse o sexto melhor saldo entre os estados brasileiros e o segundo maior patamar alcançado por um mês de outubro em toda a série histórica do levantamento, atrás apenas do resultado obtido pelo Ceará em 2009.
Entre os estados nordestinos, o número de novos postos formais gerados pelo Ceará ficou atrás apenas do registrado em Alagoas, que com um saldo de 15.953, ficou no topo do ranking nacional. No total, 48.098 cearenses foram empregados com carteira assinada em outubro, número 3,8% superior aos 46.321 registrados em setembro. A quantidade de demitidos também subiu, tendo em vista que passou de 38.040 para 41.309 (alta de 8,5%).
"A rotatividade ainda é elevada e preocupa o governo. O que ocorre é que o Brasil está gerando uma grande quantidade de postos de trabalho e isso eleva a disputa pela mão de obra. As pessoas estão deixando muitos empregos para irem para outros mais atraentes", opina o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que divulgou os dados do Caged ontem, em Fortaleza. "Proporcionalmente falando, somos o país que mais tem criado empregos no mundo", complementa o ministro.
Transformação puxa
Ainda segundo os dados de outubro do Caged, o bom resultado do Estado foi puxado principalmente pela expansão do emprego na indústria de transformação (+2.359), que registrou crescimento em quase todos os ramos, como o setor calçadista (+881), alimentício (+522) e têxtil (+479). O setor de serviços e o comércio também apresentaram bons resultados no mês passado, já que responderam por 1.834 e 1.745 novos postos, respectivamente.
"A tendência é que continuemos em uma crescente. Estimo que esse ano feche com um total de 50 mil novos postos de trabalho gerados no Ceará e que em 2014 essa quantidade chegue aos 60 mil", afirma o governador do Estado, Cid Gomes, que também participou da cerimônia de divulgação dos dados do Caged.
Conforme Cid Gomes, os grandes investimentos privados promovem uma certa sustentabilidade no número de empregos do Estado. "A siderúrgica do Pecém, por exemplo, possui atualmente 4,5 mil pessoas trabalhando. Isso sem falar que uma segunda siderúrgica já vai começar a se instalar, a Añon, e uma terceira já foi anunciada. Essas iniciativas, em conjunto com os investimentos públicos, é que tem feito o Ceará avançar", disse.
Desemprego recua
Os juros mais altos, a freada do consumo e a confiança reduzida de empresários não se traduziram ainda em demissões e a taxa de desemprego ficou em 5,2% em outubro no País, inferior aos 5,4% de setembro, segundo levantamento do IBGE.
O ministro Manoel Dias apresentou os dados do Caged em Fortaleza. O Ceará foi o 6º no ranking da criação de vagas em outubro FOTO: ÉRIKA FONSECA
Áquila Leite
Repórter
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