Massapê. O município sediou o lançamento da segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa no Ceará. A meta desta vez é que a vacinação atinja mais de 95% do rebanho. Os produtores já podem adquirir a vacina nas lojas agropecuárias autorizadas. A dose custa R$ 1,50 e os produtores terão até 30 de novembro para vacinar o rebanho. A segunda etapa da vacinação teve início na Fazenda Mumbaba no último dia 31 e contou com a presença do governador Cid Gomes.
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins, a meta é que o Ceará receba o certificado internacional de zona livre da febre aftosa. "Nossa meta é ser reconhecido internacionalmente, e que seja mantido, pelo menos, o status de zona livre de aftosa com vacinação. Os produtores precisam continuar vacinado o rebanho. Com esse certificado, além do respaldo que a bovinocultura cearense garantirá, demais produtos também serão beneficiados", afirma.
O secretário explica que outras culturas dentro do mercado agropecuário passarão a ser exportadas para países que ainda não compram do Ceará. "Produtos como o mel, que é um dos nossos ramos de exportação, poderão ser comercializados sobre esse selo de área livre da febre". Há 16 anos o Ceará não registra nenhum caso de febre.
Na ocasião foram entregues ainda 273 títulos de propriedade rural pelo Governo do Estado através da SDA e do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), para agricultores de Massapê. Com o documento, os agricultores familiares poderão ter acesso às políticas de crédito e assistência técnica dos Governos Federal e Estadual.
A entrega dos títulos acontece dentro do Programa de Regularização Fundiária do Estado do Ceará, realizada em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Além da garantia e satisfação que os produtores terão com esses títulos, portas de créditos são abertas a eles. Um produtor que quiser crescer terá mais possibilidade de fazer um bom empréstimo. Linhas de crédito que existem para a categoria serão acessíveis e para o município é uma grande vantagem, que passa a ter muito mais crédito. São prazos e juros diferenciados", destaca Nelson.
Segundo o presidente da Adagri, Augusto Júnior, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) realizará auditoria no Ceará em fevereiro de 2014, aumentando a importância do comprometimento coma vacinação do rebanho. "Nós já somos livres da febre aftosa com reconhecimento nacional pelo Ministério da Agricultura, mas com a aprovação da auditoria internacional, o mercado de exportação estará aberto para a venda de produtos pelo Porto do Pecém".
Para ele, isso irá atrair mais renda e emprego para o Estado, que passará a ser um local vantajoso para investidores de outros Estados.
O presidente da Adagri ressalta ainda a afirmação do secretário da SDA, listando os benefícios econômicos para outros ramos de exportação. "A bovinocultura no Estado é voltada para a produção de leite, porém ela não será a única beneficiada. Temos outros dois grandes nichos de exportação que são as frutas e o mel que ampliarão seu mercado externo".
A primeira etapa da campanha que aconteceu em maio deste ano atingiu um percentual superior a 94% de animais vacinados, já nesta etapa a meta é alcançar o índice superior a 95% de bovinos e bubalinos vacinados. Após dia 30 de novembro, a Adagri fará a fiscalização nas propriedades e os criadores que não vacinarem pagarão multa de R$ 13,43 por cabeça. A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por um vírus de rápida multiplicação. Desde 1997 não é registrado nenhum caso da doença no Ceará.
O início da campanha aconteceu na Fazenda Mumbaba no último dia 31 e contou com a presença do governador Cid Gomes FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES
JÉSSYCA RODRIGUES
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