Compras com cartões movimentam R$ 384 bi no 1° semestre de 2013
Cartões de crédito corresponderam a R$ 249 bilhões, alta de 14,7%.
As compras com cartões de crédito e de débito movimentaram R$ 384 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 17% na comparação com igual período de 2012, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (29) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Deste valor, os cartões de crédito corresponderam a R$ 249 bilhões (alta de 14,7%) e os cartões de débito ficaram com R$ 135 bilhões (crescimento de 21,6%).
A expectativa do setor é fechar o ano de 2013 com movimentação de R$ 850 bilhões. “Estamos próximos de atingir R$ 1 trilhão em breve”, comentou Marcelo Noronha, presidente da entidade, destacando que, historicamente, as transações crescem no segundo semestre em razão de datas como Dia das Crianças e Natal.
Crescimento
A expectativa da Abecs é que o valor transacionado com cartões cresça, em média, 15% ao ano pelos próximos anos.
De 2008 até o primeiro semestre de 2013, as transações com cartões de crédito aumentaram 96%, e as com cartões de débito tiveram alta de 128%, enquanto as transações com cheque recuaram 49% em igual período.
Só no primeiro semestre deste ano, foram registradas cerca de 4,3 bilhões de transações com cartões, sendo 2,1 bilhões no crédito e 2,2 bilhões no débito.
“Hoje em dia, as pessoas usam cartão para qualquer tipo de compra, em qualquer lugar do Brasil”, disse Noronha.
Além de os consumidores estarem substituindo os meios tradicionais de pagamento pelos cartões, a expansão da rede de aceitação também ajudou a impulsionar o crescimento do setor.
A quantidade de máquinas de cartão chegou a 4,2 milhões de unidades no primeiro semestre de 2013. De acordo com a pesquisa da Abecs, o faturamento médio por terminal é de cerca de R$ 15,3 mil por mês.
Valor dos gastos
O tíquete médio (valor médio) das compras com cartão passaram de R$ 94,47, no primeiro semestre de 2008, para R$ 118, 46 no primeiro semestre deste ano. No segundo semestre do ano passado, o valor do tíquete médio foi de R$ 119,29.
O aumento da renda da população brasileira e o uso do cartão de crédito para parcelar as compras são alguns dos fatores que fazem o tíquete médio subir, enquanto o uso dos cartões para compras mais baratas e a inclusão financeira, com a entrada de pessoas com renda menor, puxam para baixo o valor médio das transações com cartão.
Segundo a pesquisa da Abecs, o volume financeiro movimentado em compras parceladas com cartão de crédito representou 50,9% do total, índice ligeiramente superior ao das transações à vista (49,1%).
Em quantidade de transações, no entanto, a proporção de compras parceladas foi de 19%, contra 81% de compras à vista.
“Cada vez mais este meio de pagamento chamado cartão de crédito é um meio de financiamento. Ele agrega valor ao lojista porque o consumidor consegue comprar valores mais altos”, disse Noronha.
Inadimplência
Segundo o estudo, houve redução da inadimplência dos cartões de crédito. O índice caiu de 7,5% no fim do primeiro trimestre deste ano para 7,3% em junho. “Este é um dos menores patamares históricos observados”, disse o presidente da Abecs.
Segundo ele, a entidade enxerga uma continuidade da tendência de queda da inadimplência e credita o fenômeno, em parte, ao baixo nível de desemprego, mas também ao fato de os bancos estarem usando “valores preditivos muito avançados”, o que faz com que concedam crédito de maneira mais apropriada.
Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo
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