Prévia da inflação sobe 0,48% na Capital e Brasil

ACELERAÇÃO

O resultado nacional ficou acima do previsto por analistas que estimavam o IPCA-15 em 0,42% neste mês

Rio. O Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) - prévia da inflação oficial - registrou neste mês, em Fortaleza, variação de 0,48% frente a setembro. O mesmo número foi apresentado pela média nacional. Assim como aconteceu no País como um todo, o item alimentação teve alta na Capital, de 0,56%.

Em Fortaleza, entre os itens que registraram maior alta estão laranja-pera (10,74%), e melancia (6,24%) e táxi (7,86%). O grupo habitação registrou aumento de 0,7%, enquanto transportes, saúde e cuidados pessoais e educação cresceram, respectivamente, 0,37% e 0,73%. Por sua vez, o grupo educação teve queda de 0,06%.

Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado nacional ficou acima do previsto por analistas, que estimavam o IPCA-15 em 0,42%.

Os maiores impactos no Brasil vieram das despesas com alimentação, que subiram 0,70% no mês, representando 0,17 ponto percentual, e de habitação, com alta de 0,67% e impacto de 0,10 ponto percentual. Juntos, responderam por 56% do índice de outubro.

A alta dos alimentos ocorre com o repasse dos aumentos observados no atacado. O produto com maior impacto foi a carne, com 0,06 ponto percentual. De acordo com analistas, com o dólar mais caro - mesmo com as mais recentes quedas da cotação da moeda- frigoríficos priorizaram uma fatia maior de seus produtos para exportação, pressionando o custo no mercado interno. Além da carne, outros alimentos passaram a custar mais no período, como frango (4,87%), frutas (3,32%) e pão francês (2,62%).

Já no grupo habitação, pesaram mais os aumentos do gás de botijão (2,36%), aluguel residencial (1,02%) e condomínio (0,90%). As contas de energia elétricas ficaram 0,14% mais baratas no mês. No acumulado do ano até em outubro, o IPCA-15 bateu em 4,46%. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 5,75% --próximo do teto da meta do governo, de 6,5% para o ano.

Dólar

Com um dólar em patamar mais elevado e outras pressões inflacionárias à vista, como um possível reajuste do preço da gasolina neste ano, analistas avaliam que a inflação fechará o ano muito perto do limite superior da meta e há quem não descarte um estouro do teto de 6,5%.

Outras influências na alta do mês de outubro vieram de artigos de residência, que passou de 0,52% em setembro para 0,97% em outubro, e vestuário (de 0,37% para 0,88%). 

Entre os itens que registraram maior alta em Fortaleza, neste mês, estão laranja-pera (10,74%), melancia (6,24%) e táxi (7,86%) Foto: Juliana Vasquez