Rodovias bloqueadas pela manhã no interior do estado já foram liberadas.

Os cerca de 2 mil camponeses que estavam acampados no prédio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), em Goiânia, desocuparam o local na tarde desta quarta-feira (16). Eles fazem um protesto unificado desde as primeiras horas da manhã e decidiram seguir em marcha até o Centro da capital, onde uma comissão com 12 representantes deve ser recebida pelo governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB). A Polícia Militar acompanha o deslocamento dos ativistas.

A assessoria de comunicação do governo confirmou ao G1 a realização do encontro, que deve começar ainda no fim desta tarde, no Palácio dos Bandeirantes. A imprensa não poderá acompanhar a reunião.

As três rodovias que estavam interditadas pelos manifestantes no interior de Goiás - BR-364, BR-158 e GO-164 -, já foram liberadas.

Os camponeses reivindicam a permanência das famílias no campo, melhorias na qualidade de vida do produtor de agricultura familiar e reforma agrária. “Queremos que haja uma participação do governo do estado com o apoio em um plano para a agricultura familiar camponesa”, afirma Misnerovicz.

Fazem parte dos protestos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento Camponês Popular (MCP), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado e Goiás (Fateg) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag). A ação integra o “Levante unitário de lutas do campo”, realizado de 14 a 18 de outubro em todo o país.

Pistas liberadas
Em apoio ao protesto, nesta manhã três rodovias foram bloqueadas: a BR-364, em Serranópolis, na região sudoeste; a BR-158, em Aragarças, no oeste; e a GO-164, entre Mozarlândia e Nova Crixás, que fica no norte.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as duas BRs foram liberadas após negociação com os camponeses, que chegaram a queimar pneus e interromper o tráfego nas vias.

No entanto, o assessor de comunicação da PRF, inspetor Newton Moraes afirma que policiais estão de prontidão para intervir em caso de uma nova ocupação da pista. "Ainda há alguns manifestantes nos arredores e uma nova interdição pode ocorrer a qualquer momento. Se isso acontecer, estamos a postos", disse Moraes ao G1.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informou que a GO-164 também já foi liberada.

Sílvio TúlioDo G1 GO