O ministro da Justiça José Eduardo Martins Cardozo disse que não disputará nenhum cargo nas eleições de 2014, mas não descartou trabalhar na coordenação da campanha da presidente Dilma Rousseff, a exemplo do que ocorreu em 2010.

O nome do ministro chegou a ser cogitado para a sucessão estadual paulista, mas o PT deve indicar o ministro da Saúde Alexandre Padilha para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Na eleição presidencial de 2010, Cardozo foi um dos principais coordenadores da campanha de Dilma Rousseff.

Indagado hoje em evento do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) sobre seu futuro em 2014, Cardozo afirmou que mantém a posição tomada em 2010 de não disputar eleições enquanto não forem feitas mudanças no sistema eleitoral.

"É uma decisão pessoal. Defendo com unhas e dentes a reforma política. Não acho que esse sistema esteja bom para o país e não me disponho a participar de eleições proporcionais enquanto esse sistema perdurar. Foi uma decisão definitiva para mim", disse.

Mas Cardozo não descartou atuar na coordenação da campanha de Dilma.

"Estarei à disposição do partido para ações de campanha. Tenho um encargo, tenho um ministério, fico no ministério enquanto a presidenta Dilma achar que eu deva ficar. Mas obviamente se eu for chamado para alguma ação na campanha da Dilma, pode ter absoluta certeza, como fiz da outra vez, me entregarei com grande disposição e grande empenho", afirmou.

Cardozo disse que considerou "normal" a aliança entre os presidenciáveis Eduardo Campos e Marina Silva e que não enxergou equívocos do PT no período que antecedeu a união dessas lideranças políticas.

Sergio Lima-17.jun.13/Folhapress

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), que descartou disputar o governo de São Paulo em 2014

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

folha.uol.com.br