Compra de brinquedos deve ser consciente, diz educadora de AL

Proprietária destaca diversidade de brinquedos encontrados nas prateleiras.

Uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL), que aponta o potencial de consumo da população de Maceió para o Dia das Crianças, mostrou que os brinquedos ainda são a principal opção de presente: 38,7% da intenção de compra. Vestuário (35,9%), calçados (15,2%), eletrônicos (8,7%) e outros itens também aparecem na lista. De todos os tipos de presentes, os livros aparecem em último lugar, com apenas 1,38%. Mas os educadores alertam: é preciso responsabilidade na hora de escolher o presente dos pequenos.

 “Hoje em dia não são as crianças que controlam os brinquedos, são os brinquedos que controlam as crianças”, diz a educadora infantil Jeane Soares de Morais, que leciona para crianças de 9 a 10 anos. Segundo ela, os brinquedos e jogos trabalham mais com o fútil do que o útil, ao exemplo de bonecas que despertam a vaidade muito cedo.

Para a proprietária de uma loja de brinquedos de um dos shoppings da capital, Cristiane Borges, não é bem assim. “As crianças de são muito decididas. Já entram na loja sabendo o que querem”, diz.

Ela explica que a quantidade de brinquedos educativos existentes no mercado é alta, mas os consumidores na maioria das vezes acabam se rendendo a vontade das crianças. “Mesmo optando pelos mais famosos, estes, hoje também trazem diferentes tipos de conteúdo, ao exemplo de bonecas que são veterinárias ou professoras”.

A universitária Renata de Oliveira ainda não decidiu o que comprar para sua filha de 11 anos. “Ela me deu uma lista com 10 tipos diferentes de brinquedos. No topo está uma boneca caríssima. Por isso ainda estou tentando encontrar algo similar”, destacou.

Jogos eletrônicos estão no topo da lista dos mais crescidos, como destacou o supervisor de uma loja de informática, Paulo Victor dos Santos. “Alguns deles precisam vir acompanhados dos pais, tanto pelo dinheiro, como pela faixa etária, que impede a venda para menores de 18 anos. Mesmo assim, são os que mais tem saída”, explica. No segmento virtual, a loja também investe em action-figures dos personagens destes jogos tão cobiçados.

Rosângela Sabino comprou um carrinho para seu filho de 2 anos. “Geralmente os presentes que eles mais gostam são escolhidos por eles mesmos, fica até difícil comprar algo um pouco mais educativo”, destacou a vendedora.

 

A educadora Jeane explica que hoje em dia é muito difícil encontrar pais que presenteiem seus filhos com esse tipo de divertimento mais educacional. “É muito mais fácil dar o que os filhos querem, mas isso deve ser pensado. Dar um quebra-cabeças, um livro, ou algum outro tipo de brinquedo que estimule o conhecimento pode trazer um diferencial enorme na vida das crianças”, completa.

Bonecas são os brinquedos mais cobiçados pelas meninas (Foto: Jonathan Lins/G1)

Do G1 AL