Professores do Rio decidem manter greve após nova assembleia
Nova assembleia está marcada para terça-feira (10), diz Sepe.
Após assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (6), o Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) decidiu continuar com a greve dos professores da rede municipal do Rio iniciada no dia 8 de agosto.
Os professores se reuniram por cinco horas com o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho. De acordo com o Sepe, o prefeito Eduardo Paes também participou da reunião em determinado momento, mas a assessoria da prefeitura não confirmou essa informação. De acordo com o Sepe, uma nova assembleia vai acontecer na próxima terça-feira (10).
Na ata da reunião, a prefeitura disse que a participação do Sepe nos grupos de trabalho para elaboração do plano unificado de cargos, carreiras e remuneração dos servidores municipais da educação estaria assegurada. Também disseram que um cronograma para reorganizar o quantitativo de alunos excedentes em sala de aula seria montado. Mesmo assim, a assembleia optou por não acabar com a reunião.
Suspensão de greve
Os professores entraram com um recurso contra a decisão da Justiça de suspender a greve dos professores estaduais e municipais do Rio. O prazo para que a categoria retomasse as aulas na capital fluminense terminaria nesta quinta-feira (5).
Na quarta (4), profissionais foram retirados à força de uma das sedes da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) pela Polícia Militar, após uma reunião com o secretário Wilson Rizolia. Um grupo de cerca de 150 pessoas disseram que apenas sairiam do local após uma conversa com o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Houve confusão e empurra-empurra.
A categoria acusa a polícia de ter sido truculenta e agredido os professores com empurrões, chutes, cassetetes e até mesmo gás de pimenta.
Enem à vista
A Secretaria Estadual de Educação informou na quarta-feira (4) que a intenção é não deixar que os estudantes fiquem sem aulas, principalmente às vésperas do Enem, que ocorre em outubro. De acordo com a secretaria, cerca de 800 professores faltaram ao trabalho nesta quarta. A paralisação está deixando 30 mil alunos sem aulas.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, a manutenção da greve se dá por conta da falta de avanço nas negociações da pauta pedagógica, como a volta do sexto tempo e a redução do número de alunos em sala. A prefeitura lamentou a decisão do sindicato de manter a greve. E afirmou que desde o início da paralisação, não mediu esforços para atender as reivindicações da categoria.
Reivindicações
Entre os questionamentos da categoria estão o reajuste salarial de 19% para compensar as perdas salariais, a garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares, que é garantida por lei, e concurso público para professores e funcionários administrativos.
A Secretaria informou que concedeu 8% de reajuste este ano. A Seeduc destacou, ainda, que concedeu novos benefícios para os professores, como os auxílios alimentação, transporte e qualificação.
Do G1 Rio
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