Aposentado é julgado por homicídio e condenado a seis anos de prisão

Na sessão desta quinta-feira do Tribunal Popular do Júri de Juazeiro do Norte, o Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público ali representado pelo Promotor de Justiça Gustavo Henrique e condenou o réu a seis anos e três meses em regime semi-aberto e uma indenização de R$ 25 mil por dano moral. O aposentado Manoel Barbosa de Oliveira é acusado de envolvimento em um homicídio na noite do dia 1º de novembro de 2003 na Vila Três Marias em Juazeiro.

A sentença lida pela juíza Ana Raquel Colares dos Santos Linard dosou a pena levando em conta as boas circunstâncias do réu, sua idade superior a 70 anos e mais o fato da vítima, Ronaldo da Silva Oliveira, ter contribuído para o crime mesmo Seu Manoel ter agido com dolo, segundo as várias facadas apontadas pelo exame cadavérico. O defensor público, Iranildo Feitosa, apelou e o réu vai responder em liberdade.

Mais uma vez o julgamento aconteceu no auditório da Faculdade Leão Sampaio e havia um segundo acusado nesse crime que era Raimundo Nascimento de Oliveira, apelidado por Danda, mas este morreu no dia 6 de janeiro deste ano. De acordo com os autos, ele e Manoel estavam em um bar com Antonio Nascimento e José Barbosa quando decidiram ir até o Bar da Mazinha. Este último não adentrou o estabelecimento por ser intrigado da proprietária.

Todavia, Ronaldo ido em casa se armar com um facão afirmando que José Barbosa fora se armar para matar o pai de Mazinha. Ao encontrá-lo, o lesionou e fugiu só retornando para sua residência à noite quando soube que o seu pai tinha socorrido o homem que ele lesionou. Ronaldo disse à sua mãe sobre um complô para matá-lo liderado por Manoel Barbosa, pai do homem que esfaqueara, e Raimundo quando saiu para ir beber no Bar da Mazinha.

A comerciante pediu que o mesmo fosse embora, pois, no bar vizinho, estavam Manoel e Raimundo. Todavia, Ronaldo teria ido em casa apanhar uma garrucha indo ao bar onde estavam seus desafetos e começou uma confusão. Uma testemunha disse apenas ter ouvido a vítima gritando: "Tio Danda, Tio Manoel não façam isso comigo pelo amor de Deus". A dupla saiu do bar com Manoel segurando a faca e dizendo: "Matei Ronaldo e furo quem passar na frente". Depois, alegou legítima defesa.

Mais uma vez o julgamento aconteceu no auditório da Faculdade Leão Sampaio. (Foto: Miche Dantas/Agência Miséria)

Demontier Tenório