Holambra \'importa\' método de leilão holandês para vender flores e plantas
O polo comercial de flores de Holambra(SP) conta com um leilão de plantas ornamentais semelhante ao idealizado na Holanda. Pelo leilão passa metade de todas as flores produzidas no Brasil e os recursos para a negociação são os mesmos utilizados na Europa.
Para acompanhar as 14 mil vendas feitas por dia, as negociações envolvem um processo rigoroso de fiscalização de carga. Além do rastreamento feito por códigos dos carregamentos de pelo menos 1 milhão de flores. "Se nao tivesse toda essa logística, nós teríamos inúmeras perdas no meio do caminho. O cliente estaria comprando um produto e não estaria recebendo aquilo que ele comprou", afirma o coordenador de logística do leilão Francisco Roberto Pereira.
A empresa atende todos os estados do país e as flores são transportadas em carretas equipadas com tecnologias específica para o setor. O caminhoneiro Jorge Machado percorreu 900 km para levar flores do interior de São Paulo até o Distrito Federal (DF). "A temperatura tem que ser entre 7°C e 12°C. Geralmente a gente chega 4h da manhã para não ter choque térmico", explica Machado.
Jeito holandês
O maior leilão da categoria é realizado na cidade de Alsmeer, na Holanda. O local de negociação entrou para o livro dos recordes como o maior centro comercial do gênero, movimentando 6 milhões de euros, o que equivale aproximadamente a R$ 17 milhões.
O modelo de negócio é diferente do convencional. O preço diminui com o passar do tempo e o comprador tem poucos segundos para realizar o pagamento. Com isso, uma decisão tomada de forma lenta pode acarretar no risco do interessado perder a mercadoria.
As flores são expostas e os preços são regulados em grandes painéis digitais semelhantes a relógios chamados de "klok". Os compradores apertam discretamente um botão na mesa para realizar a compra e o ambiente onde são vendidos 15 mil variedades de flores é silencioso.
A logística é feita para que as flores cheguem rapidamente ao destino. No máximo de 24 horas depois de ser colhida, a flor deve estar na prateleira do cliente em qualquer lugar da Europa. O prazo aumenta para 48 horas para vendas a países de outros continentes.
Do G1 Campinas e Região
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