Filha achou vídeos dos abusos no celular do pai e entregou para a polícia. 

Caso ocorreu na terça-feira (20), em Pitangueiras, no norte do Paraná.

Um homem de 57 anos foi preso, na madrugada de terça-feira (20), suspeito de praticar o crime de pedofilia em Pitangueiras, a 60 quilômetros de Londrina, no norte do Paraná. De acordo com a Polícia Militar (PM), a própria filha encontrou o celular do suspeito e viu vídeos em que ele aparecia mantendo relações sexuais com crianças. A mulher não quis registrar boletim de ocorrência contra o pai, mas entregou os vídeos para a Polícia Civil de  Sarandi, também no norte do Paraná, onde mora.

Os vídeos, então, foram enviados por um investigador de Sarandi à Polícia Militar (PM) de Pitangueiras, que passou a acompanhar a rotina do homem, que atuava como motorista de ônibus em uma usina do município, diz a polícia. Segundo o cabo da PM José Paulo Limeira, os policiais abordaram o suspeito enquanto ele se preparava para trabalhar na terça-feira. No momento da prisão, ele estava com um celular, mas não havia vídeos ou fotografias que comprovavam o crime no cartão de memória do aparelho.

No entanto, ele foi encaminhado à Delegacia de Cambé, na região metropolitana de Londrina, onde os policiais encontraram outro celular, escondido na cueca dele - neste, sim, havia vídeos em que ele aparecia praticando o crime contra as crianças, segundo Limeira.

"Nós fizemos uma revista minusciosa na Delegacia de Cambé e encontramos o outro celular na cueca dele. No aparelho, havia vídeos com duas crianças, de 8 e 12 anos. Estas, inclusive, são irmãs. As crianças foram ouvidas e relataram que aquela [do vídeo] não era a primeira vez que o suspeito abusava delas", afirma.

Ainda segundo o policial, os irmãos que dizem ter sofrido pedofilia relataram que o suspeito já teve relações com outras crianças do município. "Há suspeita que ele tenha abusado até dos netos. A  partir dessas informações, a polícia vai investigar se há outros casos", ressalta.

A PM informou que as crianças foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, onde passarão por exames para comprovar o crime. O suspeito foi preso e levado à Delegacia de Cambé.

Erick GimenesDo G1 PR, em Maringá